"Bastaram pouco mais de cinco anos e três discos para que os Stooges conseguisse influenciar toda uma geração. Formada no final da década de 60 e encerrada em 1973 depois de um hiato regado à drogas e loucuras, a banda sem dúvidas toma o posto de uma das mais caóticas e problemáticas de toda a história da música mundial.
Eles começaram como um grupo experimental propriamente nomeado The Psychedelic Stooges, onde a psicodelia e o avant-garde ditavam as regras. As principais referências dos oriundos de Ann Arbor, Michigan, eram compositores como Sun Ra e Harry Partch, e as insanas performances do então desconhecido Iggy Pop começaram a atrair atenção, o que proporcionou um contrato com a Elektra ainda em 1968. À essa altura, o "Psychedelic" já tinha sido suprimido do nome, e a coisa passou a ser bem menos psicodélica, mas não menos destruidora.
Contrato assinado, era hora de gravar o primeiro disco. Batizado simplesmente "The Stooges", o debut abalou as estruturas do rock, com os caras mandando um som ainda em evolução e sem um nome específico. Era barulhento, sujo, pesado e com um ótimo e latente clima garageiro. Mas quem achou que não poderia ficar mais caótico do que já era teve um ledo engano.
"Fun House" é o segundo registro e foi lançado um ano depois do autointitulado. Meu preferido entre os três que o Stooges gravou em seus tempos áureos, é um retrato bruto do início do abuso de substâncias lícitas e ilícitas por parte de todos mas, especialmente, pelo baixista Dave Alexander. As sessões de gravação de "Fun House" eram praticamente movidas à droga, e isso refletiu no som, que conseguiu ficar mais destruidor com a adição de saxofones (!) à algumas faixas. A histérica performance vocal de Iggy também contribui para isso, em conjunto com as sujíssimas guitarras de Ron Asheton e com o ocasional saxofone tocado por Steve Mackay.
Costumo dizer que essa é a trilha sonora para o apocalipse. Quer comprovar? Ouça músicas como "Down on the Street", "Loose", "1970" e a faixa-título (os principais destaques) e testemunhe esse massacre sonoro. Dificilmente algum disco igualará a tamanha barulheira de "Fun House". Clássico essencial e inquestionável!"
(http://onthecorner1.blogspot.com.br/2013/01/the-stooges-fun-house-1970.html)
As faixas foram gravadas ao vivo com nenhum ou poucos overdubs, praticamente na mesma ordem em que estão no disco. A banda era conhecida na época mais pelas suas performances cataclísmicas em shows ao vivo do que por sua musicalidade, então "Fun House" foi gravado dessa forma "pseudo-live" para capturar o mais próximo possível da essência do som do Stooges... cabulosidade!
Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira de 1982.
Saindo por R$ 60,00
ESSE DISCO É DEMAIS!
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