"Com um line-up muito melhor entrosado e seguro de si após a boa acolhida ao antecessor “Burn”, as influências de Coverdale e Hughes sobre o som do grupo tornar-se-iam muito mais fortes e evidentes. Glenn Hughes exalava todas as suas influências ‘funky’, cheias de balanço e com um groove todo peculiar. Já Coverdale dava os primeiros passos naquelas que se tornariam suas principais características e que seriam fartamente exploradas em seus anos de Whitesnake. É justamente a combinação dessas características com o hard rock de raiz levado adiante pela banda, sobretudo pela influência de Blackmore, que fazem de “Stormbringer” um álbum excepcional, essencial na discografia da banda e de um ‘feeling’ e eficiência enormes.
Não é questão de dizer que ele seja melhor que a fase clássica da MK II, ou mesmo falar que ele supera “Burn”, mas a julgar pelas composições desse disco, além da execução impecável e cheia de ‘raça’ de suas músicas, “Stormbringer” pode ser considerado um trabalho injustamente subestimado, já que estamos falando de um excelente álbum de rock que é menosprezado por uma quantidade considerável de fãs.
A faixa de abertura, que leva o mesmo nome do álbum, é totalmente Blackmore, com seu riff poderoso e um vocal agressivo e voltado para o hard rock clássico, o mesmo hard que podemos observar também em outras faixas como “Lady Double Dealer” e “High Ball Shooter”, destacando ainda que a levada de Hughes no baixo e os duetos vocais entre ele e Coverdale não fazem feio e se encaixam perfeitamente bem com o clima dessas canções. Entretanto, a mão de Glenn Hughes se faz presente e de forma escancarada em músicas como “Holy Man”, simples mas cheia de sentimento, além de “You Can´t Do It Right”, provavelmente a que mais carrega influências suas, e “The Gypsy”. O álbum termina com a belíssima “Soldier Of Fortune”, uma balada extremamente tocante, onde a voz de Coverdale transmite um clima de tristeza que realmente comove. O som de Blackmore, conforme já pudera ser visto antes em “Burn”, parecia um pouco mais veloz. Jon Lord curiosamente não compareceu nesse álbum com o mesmo destaque de outras ocasiões, o que de forma alguma significa que seu trabalho não tenha sido bom. Já Ian Paice, bem, este é um cara que parece nunca ter passado por maus momentos, musicalmente falando.
“Stormbringer” é um álbum diferente, que carrega influências diversas e, por isso mesmo, atinge um resultado final eficaz e satisfatório."
(http://whiplash.net/materias/injusticados/060710-deeppurple.html#ixzz2Sk7UjoCc)
Disco em ótimo estado, com, digamos, "irrelevantes e raros momentos de chuvisco".
Capa em muito bom estado, com rasura na parte superior direita (vide foto).Edição Brasileira Original de 1974.
Saindo por R$ 30,00
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