quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Santana - Caravanserai (72)



"Falando francamente, este não é um disco para iniciantes. É sim, para iniciados. Não aconselhado para quem ainda não conhece Carlos Santana. Obrigatório para quem já conhece. Você não pode conhecer Santana por este disco, mas não pode afirmar que conhece Santana sem conhecer este disco. 

Foi gravado em 1972, marcado por mudanças na formação da banda, e no próprio som de Santana, que vinha nos seus três discos anteriores determinando sua marca ao misturar salsa, rock  e jazz. Aqui temos, ainda, e talvez mais até, o jazz, porém quase somente instrumental. E eu acrescentaria, um algo até mais espiritual. Aliás, o som remete à capa. Você viaja em uma caravana, sente o deserto, e sem dúvida vê o oásis. A percussão comanda de fora a fora, sem obedecer a ninguém, a não ser a guitarra de Santana, o mestre da caravana. 

Para dar uma ideia do que esperar deste disco, basta dizer que aqui está "Stone Flower" de Tom Jobim. Santana e Tom Jobim. Quer mais? É neste album que entra o percursionista cubano Amando Peraza (para mim um dos melhores do mundo). Falei no início que este disco não é para iniciantes, e sim, para iniciados. É que não se deve esperar um disco de guitarrista, com a guitarra ditando as regras. Não é assim que funciona com Santana, e neste disco muito menos. A música vem como deve vir, em grupo. Cada um fazendo sua parte e construindo assim, o todo. Santana, o mestre da alquimia, é humilde e apenas complementa, preenche os espaços entre a percussão, a bateria, os teclados, o contra-baixo, o vocal em algumas faixas. Mas não se engane, quando a guitarra grita suavemente uma frase, é uma majestade que está gritando suavemente uma frase. E você, fatalmente, suavemente, displicentemente esquece todos os outros instrumentos, os coadjuvantes, e ouve o que Santana tem a dizer. E o que ele diz ? Ele diz...ouça aquele timbau, e este teclado. Sinta aquela bateria. 

Caravanserai, viajando junto, ao som de Santana. Não posso definir o som encontrado neste disco. É algo que não se explica, se ouve. Tudo que eu ousasse dizer aqui sobre as faixas do disco, só seria compreendido após a audição atenta e entregue do leitor. Se o leitor não alcançar este disco à primeira audição, por favor, não culpe o disco, nem culpe a si mesmo. Dê nova chance aos dois, e após a audição definitiva, com certeza irá perceber que já ouviu uma centena de vezes, por puro prazer."

(http://oucaestedisco.blogspot.com.br/2011/04/caravanserai-viajando-juntocom-carlos.html)


"Caravanserai é o mais eleborado e complexo trabalho de Santana. Tem inúmeras passagens progressivas e até um homenagem a um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos : Tom Jobin, na música Stone Flower. A percurssão é fantástica, como é em todos os Santanas, mas este é mais. Ouçam e poderão consatarar algo mais nos rítimos. As harmonias são diferentes de todos os outros discos do Santana e tendem ao jazz rock, e referendam Miles Davis. Caravanserai é o disco que menos vendeu e que mais se aproximou do não comercial, embora haja até composições no disco com esta finalidade."

(http://esquinadorock.blogspot.com.br/2009/04/santana-caravanserai-1972.html)

Disco em muito bom estado (com algum chiado perceptível em poucos momentos - sem riscos). 
Capa em muito bom estado (com algum amarelecimento natural).
Edição Brasileira Original de 1972.
Saindo por R$ 35,00


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