quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Deep Purple - Fireball (71)



É o quinto álbum de estúdio do Purple, gravado entre setembro de 1970 e junho de 1971.

"Em meados de Dezembro de 1970, a banda foi despachada para uma vivenda no meio da desolada região de Devon para começarem a escrever o sucessor de “In Rock”.
O isolamento e o frio Invernal provou ser das coisas mais difíceis de ultrapassar, o que não contribui para que as sessões corressem da melhor maneira. Sobretudo o temperamento de Blackmore que começava a dar os primeiros sinais de egocentrismo acentuado.
Se há um ponto em que começam os lendários desentendimentos com Ian Gillan, as sessões em Devon podem ser descritas como o principio de uma “bela inimizade”.

No entanto, a banda conseguiu gravar o single “Strange Kind of Woman” (inicialmente chamado de “Prostitute”) para ser lançada no início de Fevereiro de 1971. O “45 rotações “chegou facilmente ao número 8 das tabelas britânicas confirmando que o grupo estava bem lançado em termos comerciais.

Temos aqui um pouco de tudo. Ora vejamos: a primeira faixa (o homónimo “Fireball”) é puro Heavy Metal (muito ao jeito dos Iron Maiden que surgiriam uma década mais tarde). “No No No” é blues á moda do Sr. Blackmore com alguns ritmos Funky (cortesia do Sr. Paice) que seriam tomados mais em conta alguns anos mais tarde quando Glenn Hughes e David Coverdale tomariam conta da banda.

Melhor são as interpretações de “Anyone´s Daughter” com Ian Gillan a construir uma história humorística sobre um jovem mulherengo que depois de cortejar as mais belas damas da cidade acaba por casar com a mais feia!

Humores á parte, na segunda metade do álbum, os Purple pedem boleia aos Pink Floyd e vão por esse “espaço afora” à procura de canções mais progressivas. “The Mule”, com um dos melhores solos de guitarra de Ritchie é completamente embrenhado de influências Jazz. Enquanto isso, “Fools” é o mais próximo que os Purple estiveram do território dos cósmicos Hawkwind.

O disco termina numa espécie de cavalgada lírica de Gillan em “No One Came”, provavelmente a melhor letra que ele já escreveu ao estilo de Jim Morrison. Acompanhado por incessante riff hipnótico a canção encerra em si o momento mais alto do disco.

Lançado entre dois clássicos monumentais ("In Rock" e "Machine Head") há a ilusão de que seja um álbum menor na discografia do Purple... pura ilusão..."


Disco em ótimo estado (com algum chiado, em algum momento - sem riscos); capa em muito bom estado (elegantemente envelhecida... rs).
Edição Argentina de 1972 (selo "Convivência Sagrada").
Saindo por R$ 30,00




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