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"Achtung Baby: a derrubada de The Joshua Tree a machadadas Em 1987, o sucesso retumbante de The Joshua Tree deu ao U2 aclamação crítica, sucesso comercial e transformou Bono, The Edge, Adam Clayton e Larry Mullen Jr em astros do rock. A imersão na música americana fez a banda alcançar de vez o estrelato. Mas a recepção fria de Rattle and Hum, em 1988, rendeu opiniões ácidas por parte da imprensa especializada, que acusava o U2 de ter ido longe demais. Despreparada para encarar o lado negro do showbiz, a banda entrou em um período de insatisfação artística profunda. Uma mudança de direção era iminente. Até que em 31 de dezembro de 1989, na turnê promocional de Rattle and Hum (Lovetown Tour), veio o comunicado. Bono dirigiu-se a platéia em Point Depot, na capital irlandesa, e afirmou que aquilo era “o fim de algo para o U2”, onde eles teriam de “sonhar tudo de novo” para seguir em frente. 1990 chegou e trouxe consigo o desejo da novidade. A queda do muro de Berlim e a dissolução do socialismo pareciam fazer da capital alemã o lugar perfeito para novas idéias. Após viverem um tempo na Alemanha recém-unificada, os quatro integrantes voltaram a Dublin em 1991 e, depois de quase 1 ano de gravações e discussões internas sobre qual rumo musical adotar, vinha ao mundo Achtung Baby. Ou, nas palavras de Bono, “o som de quatro homens a derrubar The Joshua Tree a machadada”. Lançado em novembro de 1991, Achtung Baby (expressão usada pelo engenheiro de som da banda, Joe O’Herlihy – “achtung”, em alemão, significa “atenção”) representou uma revolução artística no U2. A preocupação social e a seriedade do fim dos anos 80 davam lugar à irreverência e ao sarcasmo. Acusada de ter “se vendido” em Rattle and Hum, a banda agora brincava com o aspecto megalomaníaco do rock. Ainda assim, o álbum de 1991 é um dos trabalhos mais pessoais e introspectivos do grupo, senão o maior deles. As músicas Tudo começa com a industrial Zoo Station. A guitarra de Edge e a bateria de Larry estão sob vários efeitos, mostrando que a banda está diferente, renovada, como atesta um distorcido Bono no segundo verso da canção: “I’m ready, I’m ready for what’s next”. Na seqüência, Even Better Than The Real Thing mantém a pegada. Usando um pedal Whammy na intro e munido de um slide no solo, The Edge dita o tom, com Bono cantando sobre a futilidade de se buscar gratificação instantânea. Eis, então, que One aparece como um convite à reflexão. Na “cozinha”, Adam e Larry são suaves, dando toda a tensão necessária ao desgaste da relação conjugal contada na letra. Há, também, outras interpretações (uma conversa entre um pai e seu filho gay, entre outras). Na 4ª faixa, Jesus e Judas resolvem ter uma conversinha intermediada por Bono. Em Until The End of The World, Adam nos brinda com uma simples, porém eficiente, linha de baixo. O riff em E, composto por Bono, e o solo de guitarra de Edge também merecem menção honrosa. Relações amorosas conflituosas são tema recorrente em Achtung Baby. Em Who’s Gonna Ride Your Wild Horses, elas aparecem. Com uma letra interessante, colorida com metáforas sexuais, e uma performance vocal poderosa, Bono é a estrela maior. Em So Cruel, o fim do primeiro casamento de Edge, que ocorria simultaneamente às gravações, é retratado. O arranjo de cordas produzido por Brian Eno e Edge, aliado ao teclado tocado também pelo guitarrista, são dignos de nota. “Like a fly on a wall, it’s no secret at all”. Em The Fly, somos apresentados a um dos alter egos desenvolvidos por Bono na turnê de Achtung Baby (ZooTV Tour). Aqui, ele dá voz a um rockstar no auge da forma e da fama, com todos os seus excessos. Mais uma vez, a distorção vocal aparece, bem como a bateria “enlatada” de Larry e a guitarra estridente, mas indispensável, de Edge. Depois disso, a dançante Mysterious Ways dá o ar de sua graça. O baixo pulsante de Adam aparece sob medida, com The Edge mostrando que sabe usar o wah-wah. E muito bem. Tryin’ To Throw Your Arms Around The World narra as aventuras de um homem voltando da farra, bêbado. O verso “a woman needs a man like a fish needs a bicycle”, presente na canção, é um famoso bordão cunhado pela escritora australiana Irina Dunn. Ultraviolet (Light My Way) mostra Bono em seu melhor. Mais uma vez um casal em vias de separação é retratado, com o vocalista mostrando perícia nos registros graves, frases agudas e falsetes. The Edge aparece com riffs daqueles que grudam na cabeça, e Larry se destaca na bateria. Na reta final, aparece uma das músicas mais subestimadas do U2: Acrobat. Aqui, Bono vai fundo nas contradições humanas, cantando sobre alienação, com Larry firme na batera e The Edge executando um longo solo nas seis cordas. Eis que surge Love is Blindness para encerrar o álbum. Contundente e instrospectiva, invocando imagens da Berlin recém-unificada, a letra escrita por Bono atinge em cheio um The Edge abalado pelo fim do casamento. A raiva era tanta que, ao gravar o solo, Edge chegou a arrebentar duas cordas de sua guitarra e assustou a equipe de produção, que nunca o havia visto tocar daquela forma. Na humilde opinião deste que vos escreve, os melhores solos já feitos por The Edge se encontram justamente nas versões ao vivo dessa música (vide o show em Adelaide, 93, na reta final da ZooTV). Recepção Achtung Baby foi muito bem recebido tanto pela crítica quanto pelos fãs, que viram a mudança de direção com bons olhos. Em uma de suas turnês mais longas e bem-sucedidas, a agora aclamada ZooTV Tour, o U2 provou ser capaz de se reinventar, produzir boa música, lotar estádios mundo agora e usar a tecnologia a seu favor. Entre as alterações que mais chamaram atenção em Achtung Baby, tem-se The Edge explorando novos sons e efeitos em sua guitarra minimalista, solando cada vez mais, e Larry incorporando elementos eletrônicos na batera. Mas é Bono quem chama mais atenção. Conhecido pelo alcance vocal amplo, o cantor passou a adotar registros mais graves nas canções, privilegiando falsetes em detrimento de frases mais agudas (fruto do desgaste na Lovetown Tour, onde o vocalista teve sérios problemas com a voz). Mais adiante, Bono exploraria ainda mais esse novo jeito de interpretação, como ficaria evidente no álbum Zooropa, de 1993." (http://whiplash.net/materias/cds/150104-u2.html) Tracklist 1- Zoo Station 2- Even Better Than The Real Thing 3- One 4- Until The End Of The World 5- Who’s Gonna Ride Your Wild Horses 6- So Cruel 7- The Fly 8- Mysterious Ways 9- Tryin’ To Throw Your Arms Around The World 10- Ultraviolet (Light My Way) 11- Acrobat 12- Love is Blindness Disco e capa em ótimo estado; com encarte. Edição Brasileira 1991. Saindo por R$ 50
"This group was composed of Davis, Wynton Kelly, Hank Mobley, Paul Chambers, and Jimmy Cobb. This band was still performing the standard Miles Davis book, but Davis was beginning to push the evolutionary envelope with breakneck tempos and unraveling arrangements. In retrospect, it was obvious that Miles was heading in this direction of deconstructionism. It started with his modal experiments and culminated in his electric orgies of the 1970s. This band was captured live with the Gil Evans Orchestra at Carnegie Hall in 1961 in the now famous Carnegie Hall concert. This concert was the intersection of Miles? large and small combo visions. For the past several years only half of the concert has been available (More From the Legendary Carnegie Hall Concert). Now, finally, is the complete concert with fully restored performances, a reissue worth celebrating. Tempi, Tempi, and Faster Tempi. This is not my favorite Miles. He was simultaneously rattling his book to pieces while refining his modal performances. In any case, I cannot deny the historic significance of this rococo period in Davis? long career. The presence of Gil Evans and his orchestra is enough to lend these performances great significance" (http://www.allaboutjazz.com/miles-davis-at-carnegie-hall-miles-davis-columbia-records-review-by-c-michael-bailey.php) 1 Concierto de Aranjuez, Pt. 1 Joaquín Rodrigo (9:40) 2 Concierto de Aranjuez, Pt. 2 Joaquín Rodrigo (7:07) 3 Teo Miles Davis (9:14) 4 Walkin' Richard Carpenter (9:19) 5 I Thought About You James Van Heusen / Johnny Mercer (4:42) Disco e capa em excelente estado. Edição Brasileira 1987. Saindo por R$ 50
"With the Rainbow Shriek of his flaming Stratocaster at the 1967 Monterey International Pop Festival, Jimi Hendrix dramatically announced the arrival of the new Aquarian age of peace, love and spiritual aspiration. At the same time, he liberated rock & roll guitar once and for all from the choke of Top Forty dictums. The way he tore into "Purple Haze," scratching the song's elephantine funk intro with sawtoothed distortion, and calmly skated up the shimmering, ascending chorus of "The Wind Cries Mary" had no precedent in rock guitar and, even at Monterey, no equal. Pete Townshend's guitar-demolition finale was a calculated reenactment of mod frustration. Hendrix' sacrificial burning of his guitar was a ritual gift to the crowd. Nineteen years later the raw live sound of Hendrix at Monterey – not to mention his graphic superstud showmanship – beats any concept video or twelve-inch dance remix you can name for sheer aggression and mesmeric sensuality. Issued here for the first time complete and in sequence, the American debut of the Jimi Hendrix Experience at Monterey on June 18th, 1967, is still a revelation, an orgasmic explosion of singing feedback, agitated stretches of jazzy improvisation and recombinant R&B guitar. Sucking the crowd into his hurricane sound, Hendrix dragged Dylan's "Like a Rolling Stone" through Mississippi-blues mud, attacked his own "Can You See Me" with amphetamine impatience and, egged on by Noel Redding and Mitch Mitchell's rhythmic frenzy, drove "Wild Thing" head-on into a wall of white noise. Hendrix' death in 1970 was an incalculable loss to music. But the wondrous ferocity and impish cosmic humor of his performances live on here. As he said before he doused his guitar with lighter fluid, "There's nothin' I can do more than this." You can still feel the heat." (From The Archives Issue 471: April 10, 1986, in: http://www.rollingstone.com/music/albumreviews/jimi-plays-monterey-19860410) Disco e capa em ótimo estado. Edição Brasileira 1986. Saindo por R$ 50
"The cover photo is the biggest surprise. Eschewing the usual Zap Comix-inspired illustration, the world's most tenacious hippie survivors have chosen to pose — in slick suits of John Travolta white — for a very contemporary, very artsy, airbrushed soft-focus portrait. But don't let the packaging fool you. Go to Heaven is mainly more of the same uninspired fluff that's become the Grateful Dead's recorded stock in trade. The Dead move from Bob Weir and John Barlow's maundering ("Lost Sailor") and Jerry Garcia and Robert Hunter's meandering ("Althea") to torrid attempts at funk ("Feel like a Stranger") with nary a fresh melody or original lick. Even a successful song like the infectious rocker, "Alabama Getaway" (which does its job with an admirable brevity that might have saved a few of the album's terminally long-winded compositions), seems to lack weight. There's no sense of urgency or honesty here, and without these two qualities, rock & roll remains vacuous, no matter how charming. But there are two positive signs: "Far from Me" and "Easy to Love You," both primarily the work of keyboardist Brent Mydland. Mydland sings with the bourbon softness of Michael McDonald and crafts simple, straightforward pop compositions that allow the rest of the band to play tightly and impressively within definite musical boundaries. These tunes offer ample proof that the Grateful Dead can succeed on vinyl as well as they do in concert. More Mydland would seem a good idea in the future." (BY J.M. DE MATTEIS August 7, 1980, in: http://www.rollingstone.com/music/albumreviews/go-to-heaven-19800807) Disco e capa em ótimo estado. Edição Brasileira 1980. Saindo por R$ 60
"Having signed a presumably lucrative deal with MCA, Deodato took with him the jazz- Latin-funk-with-a-taste-of-the-classics formula that he perfected with CTI. But there was a sonic price to pay, for MCA's flat, lackluster sound takes a lot of the sheen and color away from Deodato's arrangements and the sound of his electric piano. As a result, this record sounds like a washed-out, black-and-white facsimile of a Deodato CTI record, with one classical adaptation (Schubert's "Ave Maria"), a fairly good reworking of Glenn Miller's "Moonlight Serenade," and three Deodato originals, of which only "Whirlwinds" has a headful of steam. The large orchestra and band are populated by the usual mid-'70s assortment of New York sessionmen and women, along with the ubiquitous John Tropea, but there are few solos worth mentioning outside of Deodato's own funky Rhodes displays." (http://www.allmusic.com/album/whirlwinds-mw0000315926) Músicos envolvidos: Eumir Deodato (piano acústico, piano elétrico, sintetizador e percussão), John Tropea (guitarra), John Giulino (baixo), Tony Levin (baixo), Billy Cobham (bateria), Nick Remo (bateria), Rubens Bassini (percussão), Gilmore Digap (percussão), Marvin Stamm (trompete), Alan Rubin (trompete), John Eckert (trompete), Jon Faddis (trompete), Victor Paz (trompete), Larry Spencer (trompete), Jim Buffington (french horn), Brooks Tillotson (french horn), Sam Burtis (trombone), Urbie Green (trombone), Tony Price (tuba), Joe Temperley (sax barítono), Artie Kaplan (sax tenor), Phil Bodner (flauta), George Marge (flauta), Romeo Penque (flauta), Emanuel Green (violino), Irving Spice (violino), Michael Spivakowsky (violino), Harold Kahon (violino), Harry Glickman (violino), Paul Winter (violino), Marvin Morgenstern (violino), Max Ellen (violino), Carmel Malin (violino), Norman Carri (violino), Al Brown (viola), Selwart Clarke (viola), Charles McCracken (violoncelo), Alan Shulman (violoncelo), Gloria Lanzarone (violoncelo), Alvin Brehm (contrabaixo) e Russell Savakus (contrabaixo). Lado A: 01. Moonlight Serenade / 02. Ave Maria / 03. Do It Again Lado B: 01. West 42nd Street / 02. Havana Strut / 03. Whirlwinds Disco (com alguns sinais de uso) e capa (dupla) em ótimo estado. Edição Brasileira 1974. Saindo por R$ 40
"Adoniran Barbosa nasceu com o nome de João Rubinato, em Valinhos, filho de imigrantes italianos. A data não se sabe ao certo, porque ele mesmo diz, às vezes, que foi em 1910, outras vezes, 1912, ou 1909. A pobreza fez com que Adoniran começasse a trabalhar aos 16 anos. Muito antes disso, ele já vinha desenvolvendo um de seus maiores talentos: o bom humor. É graças a ele que as passagens de sua vida são dúbias, porque ele mesmo muda as histórias, inventa personagens, cada hora diz uma coisa, com certeza fazendo chiste com a audiência. O tal Joca, personagem de saudosa maloca, não se sabe se existiu, se na verdade se chamava Walter, ou se foi criação da imaginação de Adoniran. Em cada entrevista ele diz uma coisa. Mas ele morou em Jundiaí, e depois, ainda muito jovem, mudou-se com a família para São Paulo, a cidade que ele cantou em todos os sambas. Foi em São Paulo que Adoniran, ainda João Rubinato, começou a participar de um programa de calouros na Rádio Cruzeiro do Sul. O nome artístico ele escolheu em homenagem ao amigo Adoniran Alves e ao sambista carioca Luiz Barbosa. Segundo o próprio Adoniran, ele tomou muita gongada, mas era insistente. Até que, em 1934, interpretando o samba filosofia, de Noel Rosa, conseguiu chegar ao final da música (ele disse: “o homem do gongo devia estar dormindo”). Nesse mesmo ano, Adoniran atuou no rádio como cantor. A partir daí, teve contratos rápidos em rádios, e fazia outros bicos, como despachante e guardador de lugar em fila. A primeira composição gravada (embora ele já tivesse outras), em 1935, foi Dona Boa, que, segundo Adoniran, era “uma porcaria de marcha, mas ganhou o primeiro lugar do Carnaval”. Por causa dessa vitória, Adoniran conseguiu um programa de 15 minutos na Rádio Cruzeiro do Sul, em que cantava sambas de outros autores e, eventualmente, inseria um de sua autoria. Permaneceu lá até 1940, quando se mudou para a Rádio Record, onde se firmou como ator e humorista, e lá permaneceu por mais de 30 anos. A ousadia de Adoniran foi trazer o samba, carioca de nascença, para a realidade e para o sotaque paulistano, sem forçar a barra, criando um samba autenticamente paulistano, que fala de São Paulo e fala como os paulistas. O samba de Adoniran fala também do cotidiano dos bairros populares de São Paulo, fazendo graça das desgraças de seu povo pobre e sofrido. No final da vida, desgastado pela boemia, Adoniran adoeceu com enfisema pulmonar. Em casa, construiu, com pedaços velhos de lata, madeira, bibelôs, e quinquilharias em geral, um parque de diversões em miniatura, que funcionava movido à energia elétrica. Ele falou: dizem que é higiene mental, mas para mim é higiene de débil mental. Ele faleceu em 1982. Esse disco, lançado em 1984, é uma coletânea de algumas participações de Adoniran em programas de rádio e televisão. Tem também trechos de entrevista que deu ao Museu da Imagem e do Som. A faixa 1 do Lado A é deliciosa, porque quem entrevista Adoniran é ninguém menos do que Elis Regina, que, obviamente, canta algumas músicas também. Nessa entrevista, a genialidade do humor de Adoniran fica muito evidente. Ouçam com atenção." (http://www.acervoorigens.com/2010/12/adoniran-barbosa-documento-inedito.html) Disco e capa em ótimo estado. Edição 1985. Saindo por R$ 35
""Apesar de tudo muito leve", cantava esse paulista de formação universitária, em plena época da barra-pesada. A sabedoria de Walter Franco está reunida no Revolver e no seu precursor, o enigmático "disco da mosca" , de 73, que tem as antológicas "Me Deixe Mudo" e "Cabeça" (defendida por ele, grande campeão de vaias, no último FIC da TV Globo). Os dois discos são fundamentais, mas foi Revolver que antecedeu e indicou direções mais atuais - ainda - para a música popular brasileira, graças ao tratamento mais "roqueiro" (arranjos eletrificados, uso de efeitos e outros recursos de estúdio) dado a suas composições. Como um trovador extraviado da geléia geral da Tropicália, ele cria miniaturas, paisagens sonoras independentes entre si, dando corpo a um trabalho extremamente rico na combinação de poesia e música (os arranjos ficaram a cargo do baixista Rodolpho Grani Jr.). No fundo, a concepção entre palavra e som na música de Walter Franco é indissolúvel e indivisível. Ele trabalha o ritmo da palavra, desdobrando-a com pausas curtas e respirações alongadas, criando novos sentidos a partir de frases breves, como na lancinante "Apesar de Tudo É Muito Leve". Walter já tinha evoluído muito além da letra colegial/adolescente, que marca o rock dos 80. "Nothing" é um exemplo da construção complexa que faz a partir de elementos extremamente simples: "Nothing to see/ Nothing to do/ Nothing today/ About me/ I am not happy now/ I am not sad". Junto com "Feito Gente"- ambas deste LP - e "Canalha" (de 79) forma o tríptico pré-punk anos antes do retardatário punk tupiniquim. A poesia de Walter evoluiu em duas direções: uma decorrente da influência da filosofia oriental e outra que aborda a agressividade urbana. Da primeira ele herdou a utilização da forma mântrica-circular da frase que retorna sobre si mesma, ou que se revela por etapas, palavra por palavra, como em "Mamãe D´Água" (o verso "Yara eu" vai sendo acrescido de palavras até formar "Yara eu te amo muito mas agora é tarde eu vou dormir") e no famoso hai-kai caleidoscópico de "Eternamente" ("Eternamente/É ter na mente/Éter na mente/Eterna mente/Eternamente"). Como se vê, novos significados vão surgindo a cada nova palavra que se desdobra a partir da inicial. É um procedimento em sintonia com a poesia moderna, em especial, pelos minimalistas americanos, como Gertrude Stein, e.e. cummings e, no teatro, Bob Wilson. Na concepção musical do LP, tentou-se esgotar as possibilidades de um estúdio de dezesseis canais, com utilização de play-backs em sentido contrário, saturação de freqüências e pré-mixagens. A complexidade do trabalho desenvolvido com a sonoridade da bateria - que além de usar filtros de freqüências, serve-se às vezes de outra bateria - levou a utilizar dois bateristas nos shows. A combinação dos instrumentos acústicos - principalmente os tambores e tumbadoras que reforçam o clima tribal/meditativo de algumas letras - com os teclados e guitarras sintetiza as boas influências da música contemporânea e do rock. Os últimos vinte anos de música no Brasil atestam que Revolver não perdeu sua atualidade. Continua pulsando de idéias, novas até para o ouvido da era digital. O percurso posterior de Walter Franco seguiu outras direções, principalmente o caminho das baladas meditativas. Mas de quem elaborou dois LPs de tamanha criatividade e inteligência, podem-se esperar sempre novas surpresas. Por enquanto, a Continental Discos bem que poderia relançar Revolver (ele já chegou a ser relançado em 79, mas é muito difícil encontrá-lo hoje nas lojas) e o "disco da mosca" (também conhecido como Ou Não) que está igualmente fora de catálogo e é outra pérola da música popular brasileira." (Texto de Lívio Tragtemberg, publicado originalmente na Revista Bizz, Edição 33, de Abril de 1988, in: http://brnuggets.blogspot.com.br/2011/02/walter-franco-revolver-1975.html) Disco e capa em ótimo estado. Edição Original 1975 (Raro). Saindo por R$ 150
"Ser um álbum de destaque dentro de uma discografia como a do Black Sabbath não é tarefa fácil. Afinal, estamos falando de uma banda que gravou vários clássicos do heavy metal, alguns em seqüência, além de ter brilhado com diferentes formações. O que se poderia esperar de uma reunião de Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward com aquele que é considerado um dos melhores vocalistas da história do rock (pra muita gente, o melhor)? Bem, a adição de Ian Gillan ao Sabbath criou um dos maiores ‘dream teams’ que o metal já viu e, por isso mesmo, o que se esperava era um sucesso estrondoso e absoluto. As coisas não andavam muito boas para nenhum dos lados. O Black Sabbath perdera seu vocalista, ninguém menos que Ronnie James Dio, que deixava a banda após desentendimentos devido à mixagem e ao lançamento do ao vivo “Live Evil”, levando ainda o batera Vinny Appice na história. O grupo via-se então sem vocalista e sem baterista e precisaria encontrar alguém para ocupar os postos deixados pelos ex-integrantes. Para a bateria, acabaram optando pelo óbvio e convidaram Bill Ward para voltar à banda, sendo que o mesmo aceitou o convite de bate-pronto. Para o vocal, começaram a fazer algumas audições, só que substituir um monstro sagrado como Dio por alguém do mesmo nível era algo praticamente impossível. Diz a lenda que até Michael Bolton enviou fitas para uma possível audição com a banda. Muito se fala que Iommi queria muito que David Coverdale assumisse os vocais do Sabbath, só que a coisa toda era muito difícil pois David estava mais ocupado com o seu Whitesnake. Ian Gillan estava se despedindo de sua carreira-solo, marcada por excelentes trabalhos mas que não obtiveram nenhum sucesso comercial e que não conseguiam atingir um público maior. O “Silver Voice” jamais escondera que sua real intenção era um retorno com o Deep Purple, difícil também àquela época, já que Ritchie Blackmore estava bem ocupado com o Rainbow. Eis que após um encontro num bar e alguns goles a mais (alguns não, vários goles a mais), Gillan, Iommi e Butler viram uma excelente possibilidade, que era o Black Sabbath com Gillan nos vocais. Após tudo acertado, a banda entra em estúdio e em agosto de 1983 lança o álbum “Born Again”. A princípio, não parecia que a coisa pudesse dar errado. O álbum já saiu direto no quarto lugar da parada britânica, melhor resultado comercial do Sabbath em muitos anos. Mas não foi exatamente o que aconteceu com o passar daqueles meses que se seguiram. Uma turnê não muito bem sucedida, o mal estar de Gillan no posto de vocal do Sabbath, críticas de vários fãs, sobretudo os mais radicais, fariam com que aquela reunião não tivesse continuidade e que os envolvidos passassem a considerar que aquilo tudo, incluindo-se o próprio “Born Again”, havia sido um grande equívoco. Bom, após relembrar e entender o que rolou naquele período, vamos analisar o álbum em si. Existe uma corrente forte que afirma que “Born Again” tem poucos fãs pelo mundo e que, inclusive, boa parte deles estaria aqui no Brasil. Para alguns, tudo relacionado a esse trabalho serviria de motivo para críticas e implicâncias. A capa do disco é uma das mais criticadas e ridicularizadas da história do metal. Olhando ela hoje, realmente fica difícil defender aquela gravura. Mas se toda a crítica que se faz a esse álbum fosse resumida à capa, estaria tudo bem. O negócio é que muita gente criticava todo o resto: os videoclips gerados a partir de músicas do álbum que, pra muita gente, representaram algo ridículo e constrangedor para a banda. A turnê de divulgação, o setlist, a irritação que Gillan provocava em alguns, sobretudo nos mais radicais, com suas tentativas de impor o seu estilo pessoal às canções mais antigas da banda, principalmente nas da “fase Ozzy”, até mesmo o “sacrilégio”, na visão de alguns fãs, que foi incluírem “Smoke On The Water”, clássico do Purple, num setlist do Sabbath. Bill Ward, completamente impossibilitado de sair em turnê, acabou sendo substituído pelo competente Bev Bevan. Agora, se você reparar bem, tudo o que eu citei foram acontecimentos relativos àquele período. Mas e o principal? E as músicas do álbum em si? Afinal, não é isso o que realmente conta? Bem, o Sabbath sempre primou pelo peso em toda a sua obra. De todas as características da banda, a que mais salta aos olhos é que a banda sempre soou muito pesada. E se houvesse um campeonato para ver qual álbum da banda é o mais pesado, “Born Again” ganharia o primeiro lugar fácil, fácil... É de impressionar até hoje a agressividade desse disco. A pancadaria começa com “Trashed”, uma daquelas porradas em que se leva um tempo até entender o que aconteceu. A assustadora “Disturbing the Priest” pode pegar de surpresa aquele menos atento, com o peso da guitarra de Iommi e os berros desesperados de Gillan. Como não se lembrar e não se empolgar com “Zero the Hero”, além de outras porradas mais do que pavorosas e diretas, como “Digital Bitch” e “Hot Line”. A banda só pegaria mais leve em duas músicas, a belíssima e emocionante “Born Again” e em “Keep It Warm”. Completando o álbum com “Stonehange” e “The Dark”, o resultado final em termos de composições é um dos melhores trabalhos já realizados pelo Black Sabbath em todos os tempos. Não era simplesmente um bom resultado em termos de pegada, de agressividade, era também um grande disco em termos de arranjos, harmonias e melodias. Os músicos todos em um ótimo momento (mesmo com os problemas de Bill Ward) e Ian Gillan entregando ao mundo o que muita gente considera o melhor trabalho vocal de sua carreira. Calma, antes de se revoltar comigo, o que estou dizendo é apenas uma afirmação de vários fãs do Sabbath, do Purple e do próprio Ian. Se a afirmação procede, é uma questão de avaliação de cada um. Agora, que a performance de Gillan nesse álbum é uma das coisas mais impressionantes já vistas no heavy metal, isso não há como negar. O cara parecia estar possuído, executando vocais matadores, notas altíssimas e gritos absolutamente desesperados. Cantou tudo o que sabia e mais um pouco. O grande ponto baixo em termos de sonoridade nesse trabalho está na sua produção e mixagem, que deixou o som abafado e, em certas partes, até meio embolado. É sabido que um amplificador de Tony Iommi queimou já no início das gravações e ninguém se deu conta disso até o fim da mixagem. Entretanto, esses deslizes parecem até ter contribuído para o clima pesado e agressivo de “Born Again”. Hoje, os músicos afirmam não gostar do álbum, dizem que aquela reunião não deu certo, que ‘não rolou a química’. Na minha opinião, esse álbum de 1983 foi um dos melhores momentos do metal oitentista e do heavy metal como um todo. Como seria bom se outros álbuns desse nível chegassem ao mercado nos dias atuais. “Born Again”, ainda que de maneira torta e com várias críticas no seu encalço, pode, e pode muito, ser considerado um clássico, coisa que muita gente já o considera, mas normalmente deixando-o num nível diferente e um pouco abaixo de outras obras clássicas do Black Sabbath. Por isso mesmo, ostentando o status de ‘clássico’ para muitos, de ‘cult’ para outros e de um equívoco para alguns, esse é um disco cuja qualidade supera em muito a receptividade que teve e a importância e reconhecimento que realmente sempre mereceu. Por hora, se você tem o álbum, coloque-o pra tocar aí onde estiver. Se não tem, vá correndo comprar ou pegar emprestado com alguém. Agora, em ambos os casos, balance a cabeça até o pescoço não agüentar mais, ao som de “Trashed”, “Disturbing the Priest” e etc. Depois mande a sua opinião sobre essa obra mais do que injustiçada." (http://whiplash.net/materias/cds/060626-blacksabbath.html) Disco e capa (com assinatura na frente) em ótimo estado; com encarte. Edição Brasileira 1983. Saindo por R$ 60
"Silvio Rodriguez has long been, alongside Pablo Milanes, one of communist Cuba's most prominent singer/songwriters. For me, having grown up among Cuban refugees, I've always had a hard time dealing with some of his very political lyrics, but as an amateur musician and an admirer of art, I've always respected him as being an incredible composer. This compilation by David Byrne gathers some of Silvio's best works, although that is a somewhat daring task in such a short album, given his prolific musical career which is still far from an end. There are no bad songs here, but the very best ones are "Unicornio" and "Sueño con Serpientes" (http://www.amazon.com/Cuba-Classics-1-Silvio-Rodriguez/dp/B000S98KTG) Silvio Rodríguez Domínguez (San Antonio de Los Baños, 29 de novembro de 1946) é um músico, poeta e cantor cubano. Expoente da música cubana surgida com a Revolução Cubana, Silvio é um dos cantores cubanos contemporâneos de maior relevo internacional, criador juntamente com Pablo Milanés, Noel Nicola, Vicente Feliú e outros músicos do movimento da Nova Trova Cubana. Considerado um poeta lúcido e inteligente, capaz de sintetizar o intimismo e os temas universais com a mobilização e a consciência social. Em 1964, incorpora-se à tropa, onde vai começar a tocar viola e compor canções durante os tempos livres como meio de combater o aborrecimento. Dessa época são conhecidas composições como "El Viento Eres Tú", "Y Nada Más", "La Canción de la Trova" ou "Quédate". Forma ainda um dueto com Luís López, que tocava guitarra eléctrica. Logo vai começar a escrever artigos jornalísticos e poemas para diversas revistas. Em 1967, Mario Roemu, pai de uma amiga de Silvio, encoraja-o para se apresentar no programa de televisão "Música y Estrellas", e faz-lhe alguns arranjos de "Sueño del Colgado y la Tierra" e "Quédate", as canções que iria interpretar. É nesses anos que começa a actuar a solo ou como artista acompanhante de César Portillo de la Luz (autor do conhecido bolero "Contigo en la Distancia"), e entra na Casa de las Américas, organização cultural dirigida por Haydée Santamaría, onde coincidiu com outros cantores de intervenção como Pablo Milanés ou Noel Nicola. À morte do Che Guevara, Silvio compõe com sons rockeiros "La Era Está Pariendo un Corazón" e "Fusil Contra Fusil", canções que em 1968 iria incluir no seu disco colectivo "Hasta la Victoria Siempre". Também iria começar nessa altura a aparecer como artista principal no programa de televisão "Mientras tanto", que no fim-de-ano foi retirado da emissão após ter Silvio elogiado os Beatles. No ano seguinte (1969), foi como trabalhador no barco pesqueiro Playa Girón, navegando durante quase cinco meses pelo Oceano Atlântico e as costas africanas (aportando nas Canárias e Senegal). Durante a singradura, compõe 72 canções ao todo, muitas delas conhecidas, como "Ojalá", "Playa Girón", "Boga, Boga", "Jerusalén Año Cero", "Cuando Digo Futuro" e "Al Final de Este Viaje en la Vida", que muitos anos depois serão editadas no livro de poesia Canções do Mar. A inícios dos anos setenta, junto a Pablo Milanés e outros que mais tarde iriam fazer parte da Nova Trova, integra o Grupo de Experimentação Sonora do ICAIC (GESI), que se encarregaria de gravar trilhas sonoras para filmes e documentários cubanos diversos. Recebe uma completa educação musical graças a vultos reconhecidos como o compositor e guitarrista Leo Brower. O GESI investigaria e fusionaria elementos da música tradicional cubana e brasileira, o rock, o jazz, a música clássica, a música electrónica, o happenin, o fenómeno beat, etc... resultando em sons originais. Desta altura são algumas gravações como "Fusil Contra fusil", "El Papalote", "Cuba Va" (um curioso rock cantado junto a Pablo Milanés e Noel Nicola), "De la Ausencia y de Ti", "Velia", "El Mayor", "Granma" (obra colectiva), "Oveja Negra", "Si Tengo un Hermano", etc. Estas canções iriam ser editadas, anos mais tarde, em discos como "Los Tres del Gesi", "Cuando Digo Futuro" ou "Memorias". Em 72, faz uma tourné pela Alemanha e o Chile, onde partilha cenário com Isabel Parra (filha de Violeta) e Víctor Jara (que morreria assassinado no ano seguinte após o golpe militar de Pinochet). Nesse ano decorre em Havana o Encontro de Música Latino-americana. No final do ano, a 1 de Dezembro, Silvio, Pablo e outros novos cantores cubanos, a maior parte ligados ao GESI (Noel Nicola, Eduardo Ramos, Augusto Blanca, Pedro Luís Ferrer, Santiago Feliú, Vicente Feliú, Sara González, Pancho Amat - que anos depois faria parte do conjunto de Juan Perro, etc.), unem-se para constituírem a Nueva Trova Cubana, dedicando-se a procurar novos trovadores por toda a ilha. Já em 74, organiza-se na Repúblia Dominicana o Festival Internacional de Cantores Sete Dias com o Povo, ao qual assistiu uma delegação cubana composta por Silvio e Noel Nicola. Outros artistas participantes desse evento seriam Mercedes Sosa, Los Guaraguao, Danny Rivera, Roberto Darkin, Pi de la Serra, Guadalupe Trigo e Expresión Joven, entre outros. Foi a primeira vez que Silvio cantou perante um estádio lotado de público. No ano seguinte, grava o seu primeiro LP, Días y Flores, acompanhado pelos músicos do GESI e da Orquestra EGREM. Na Espanha de Franco o disco mudou o nome para "Te Doy una Canción", devido à proibição governativa da canção que dava título ao disco e de "Santiago de Chile"). Especial destaque para as canções "Pequeña Serenata Diurna", com ares de bossa nova brasileira, "Yo Digo que las Estrellas" e a surrealista "Sueño con Serpientes". O uruguaio Daniel Viglietti gravaria também um disco com o GESI. Em 1976, Silvio alista-se como membro da "brigada artística" para ir junto das brigadas internacionalistas cubanas para a guerra de Angola. Após ter feito "Testamento" (depois gravado no disco Rabo de Nube), parte para esse país, onde compõe, entre outras, "Canción para Mi soldado", "Pioneros" e "La Gaviota". Ao regresso, faz um tourné por Espanha, onde gravaria acompanhado apenas da sua viola o disco Al Final de Este Viaje, onde cantava algumas das suas primeiras canções (algumas delas já gravadas com o GESI e editadas em discos compilatórios), tais como "Ojalá", "La Era Está Pariendo un Corazón", "Canción del Elegido" e "Óleo de Mujer con Sombrero" (pertencente a uma tetralogia pictórica de que só iria ser conhecida esta "Óleo..."). O seu seguinte disco, em 1979, também seria só com viola, embora já com uma técnica mais madura; intitulou-se Mujeres e incluiu obras como "Adónde Van", o humorístico "Cierta Historia de Amor" e "Qué Hago Ahora (¿Dónde Pongo lo Hallado?)". No fim da década de setenta viaja pela primeira vez aos Estados Unidos, cantando junto a Pete Seeger, e a seguir à Dinamarca e Noruega. A partir dessa altura, começaria a fazer tournés pela América Latina toda e pela Península Ibérica. Em 1980, gravou Rabo de Nube I (embora o segundo volume já nunca chegaria a ser gravado), onde combinava elementos acústicos com teclados e sintetizadores. O disco incluía a colaboração da irmã de Silvio, Anabel López, na canção "Te Amaré" e de Yanela Lojos na harpa de "Rabo de Nube". O disco incorporava ainda canções como "Vamos a Andar", "Fábula de los Tres Hermanos" e "Testamento", que termina com uma curiosa côdea instrumental. Em 1981, durante um concerto em Saragoça (Aragão), a polícia irrompe no cenário e despeja o local disparando gases lacrimogénios. Na década de oitenta "as fronteiras beijam-se e ficam ardentes" Em 1982, gravou Unicornio, que incluía a canção do mesmo título e que posteriormente iria converter-se na possivelmente mais famosa de Silvio. O disco, com uma orquestração mais rica do que a anterior, incluía ainda a "Canción urgente para Nicaragua", uma homenagem à Revolução Sandinista de 1979, "Por Quien Merece Amor", uma crítica aos EUA e um canto à solidariedade internacionalista cubana, "La Maza" (com ritmo de chacarera argentina) e outros títulos de temática diversa. Na tourné estaria acompanhado por Pablo Milanés e mais três músicos. O concerto na Argentina, com a colaboração de músicos como León Gieco ou Piero[1], seria editado posteriormente em disco. Em 1983, colobora no disco do espanhol Luis Eduardo Aute Entre Amigos. No ano seguinte, grava o disco triplo "Tríptico Volume I", acompanhado de EGREM, antigos músicos do GESI, e as cordas da Camerata Brindis de Salas, com colaborações como Anabel López, Pablo Milanés, Pancho Amat ou o conjunto Manguaré. Ainda em 83, participa com dois títulos no trabalho colectivo já mítico gravado em Manágua em apoio da Revolução Sandinista: "Abril en Managua. Concerto da paz na Centro-América"; um grande concerto em que participam artistas do panorama revolucionário latino-americano como Gabino Palomares e Amparo Ochoa (México), Ali Primera (Venezuela), Mercedes Sosa (Argentina), Luís Enrique e Carlos Mejía Godoy & Los de Palacagüina (Nicarágua), Chico Buarque e Raimundo Fagner (Brasil), Daniel Baglietti (Uruguai), etc. Silvio cantou nessa tarde memorável "El Dulce Abismo" e "Canción Urgente para Nicaragua". Em 1985, colabora no disco Querido Pablo, onde Pablo Milanés dá uma vista de olhos às suas velhas músicas, com novos arranjos e colaborações de velhos amigos, cantores e escritores. No mesmo ano, começa uma tourné com o grupo Afrocuba, dirigido por Oriente López, e com mais de uma dezena de músicos. Com eles, grava em 1986 em Madrid (Espanha) o disco duplo "Causas y Azares", com canções como "Te Conozco", "Sueño de una Noche de Verano" (rock), "Canción en Harapos" (crítica de hipocrisia e a acomodação pequeno-burguesa), "Requiem" (triste canção de desamor) e a energética "No Hacen Falta Alas". Em 1988, entre Londres e Havana, grava Oh, Melancolía, também disco duplo, com títulos como o feminista "Eva", "Jerusalén Año Cero", leitura revolucionária da figura de Jesus Cristo, "En el Jardín de la Noche" (homenagem à Lua e às viagens espaciais) e "El Extraño Caso de las Damas de África". Já em 1990, Silvio faz uma tourné com o mítico grupo cubano Irakere e com o pianista Chucho Valdés. Após o fim da ditadura militar chilena, viaja com o seu grupo a esse país e dá um concerto no Estádio Nacional de Santiago, perante 80.000 pessoas. Desse concerto iria ser editado um disco triplo (e CD duplo) em que aparecem títulos nunca antes gravados em estúdio, como "Venga la Esperanza" ou "El Hombre Extraño", dedicada ao cantor chileno Víctor Jara. A década de noventa, a trilogia Silvio Rodríguez Domínguez Em 1992 fez uma tourné com Diákara (músicos de Afrocuba e Irakere e começa a gravar um disco que ainda não foi publicado. Nessa altura é que principia a apoiar músicos da chamada Novíssima Trova Cubana, como Carlos Varela, e colabora em discos de diversos artistas e grupos, tais como Taller Canario. Em 1992 é publicado o disco Silvio, primeiro de uma trilogia (a seguir tetralogia, com Descartes) de partida só com viola. Seguir-se-ão Rodríguez (1994) e Domínguez (1996). Esses discos, com grande sucesso entre o público, incluem temas como "Quién Fuera", "La Guitarra del Joven Soldado" (a lembrar a sua juventude), o swing "La Desilusión", "Escaramujo", que tem uma versão a cargo do grupo coral cubano Vocal Sámpling), "Flores Nocturnas" (um canto às prostitutas), "Desnuda y con Sombrilla", (um original tema erótico), "Ala de Colibrí", "Canción del Trovador Errante" (totalmente falado sobre um fundo electrónico), "Me Quieren" (tema engraçado dedicado aos seus "inimigos"), ou "Reino de Todavía" (sobre a situação actual entre Cuba e os Estados Unidos). Esta trilogia tem quase só viola (com algumas pitadas de percussão manual e "natural", além de ligeiros elementos electrónicos em Domínguez, em que iriam colaborar a mãe e a irmã Anabel), foi completada com Descartes, de menor difusão, com temas destacados como Rosana. Em 93, grava com o espanhol Luís Eduardo Aute o disco ao vivo Mano a Mano. Já no fim da década, em 1999, editou com o guitarrista Rey Guerra o disco Mariposas, em que colaborou a companheira de Silvio, Niurka González, que toca flauta em dois temas. Disco não tão bem sucedido como os anteriores, incluiu temas como "Olivia", "Viñeta" e "Sin Hijo ni Árbol ni Libro". No Século XXI, a barbárie Após um período sem tournés, deu-se à tarefa de compor e arranjar o seu próximo disco, desta vez orquestrado. Intitulado Expedición, foi editado em 2002, contando com a participação de membros da Orquestra Nacional de Cuba, alguns dos músicos habituais na discografia de Silvio, incluída a irmã Anabel López, Pancho Amat, Niurka González, Yanela Lojos, etc, estudantes de música e membros do conjunto Diákara. Inclui canções como "Tiempo de Ser Fantasma", "Sortilegio", "Fronteras" o "Anoche Fue la Orquesta". Cita con Ángeles, de 2003, com canções compostas nessa altura, é um disco de importante compromisso político, com denúncias contra o imperialismo e a guerra contra o povo Iraquiano ("Sinuhé"), mensagens contra Bush, Tony Blair e Aznar, e referências ao 11 de Setembro. O disco foi dedicado à sua filha Malva e ao seu neto Diego, recém-nascidos no momento em que o disco era gravado. Em 2006, Érase que se Era, compilação de canções de etapas muito recuadas na sua carreira musical (entre 1968 e 1970), voltadas a gravar para a ocasião. Tendo o seu principal público nos países de fala espanhola, talvez a Galiza seja o país lusófono em que tenha actuado em mais ocasiões, contando com um público numeroso e fiel. A sua última actuação na Galiza foi, por enquanto, em Agosto de 2006, quando protagonizou um concerto em apoio ao povo galego, que acabava de enfrentar um terrível Verão de fogos florestais que arrasaram boa parte do país. Um emocionante concerto na cidade de Ponte Vedra, em que Silvio começou com um grito solidário de "Viva a Galiza!" e continuou com uma viagem através de alguns dos mais conhecidos trabalhos musicais da sua já longa carreira de arte e compromisso. Em 2010 publica o disco "Segunda Cita" (Segundo encontro), que inclui a canção "Sea, señora", uma homenagem às conquistas da Revolução Cubana, mas que pede uma evolução, sem, é claro, esquecer-se de seus princípios socialistas. (wikipedia) Disco e capa em ótimo estado; com encarte. Edição Brasileira 1991. Saindo por R$ 70
"Wilko Johnson had left in early 1977 and in April that year the Canvey Island band introduced their new line-up by way of a secret warm up show in their hometown. By summer ’77 they were making the first record with Gypie, the Nick Lowe produced Be Seeing You. Although Mayo was still working his way into the band's sound, Dr. Feelgood retained their tough, hard-rocking appeal. Three further studio albums would be recorded with Mayo, including Private Practice which contained the UK top ten single Milk And Alcohol. After what he describes as a ‘four year binge party’ Gypie Mayo quit the band and the end of 1980 (although he would stay on for a further six months), in part, to spend more time with his family." (by Paul Sinclair, in: http://rockasteria.blogspot.com.br/2014/09/dr-feelgood-be-seeing-you-1977-uk.html) Tracks 1. Ninety-Nine And A Half (Won't Do) (Steve Cropper, Eddie Floyd, Wilson Pickett) - 3:08 2. She's A Wind Up (Lee Brilleaux, John Martin, John Mayo, John B. Sparks) - 2:00 3. I Thought I Had It Made (Lee Brilleaux, John Mayo) - 2:16 4. I Don't Want To Know (Lee Brilleaux, John Mayo) - 2:42 5. That's It, I Quit (Nick Lowe) - 2:34 6. As Long As The Price Is Right (Larry Wallis) - 3:09 7. Hi-Rise (John Mayo) - 2:37 8. My Buddy Buddy Friends (Aaron Corthon) - 2:45 9. Baby Jane (Bishop, Nesbitt, Reed, Simmons, Wilson) - 2:58 10.The Blues Had A Baby, And They Named It Rock 'n' Roll (Brownie Mcghee, Morganfield) - 2:20 11.Looking Back (Johnny Guitar Watson) - 2:00 12.60 Minutes Of Your Love (Isaac Hayes, David Porter) - 2:24 Disco e capa em ótimo estado. Edição Brasileira 1977. Saindo por R$ 30
"Soft Machine: "Third" é algo que desafia rótulos fáceis" 1961, nos arredores do Simon Langton School uma turma de estudantes das mais diversas áreas se reunia frequentemente para discutir assuntos ligados a arte em suas diversa vertentes: artes plásticas (Jackson Pollock, Mark Rothko), literatura (todos os beats) e música contemporânea (Stockhausen e Luigi Nono principalmente), alem de ouvir as novidades do jazz (Coltrane, Mingus, Coleman). E entre um copo de bebida e outro a turma costumava se reunir para tocar algumas jams. Wild Flowers era o nome dado para o grupo que segundo reza a lenda mudava de formação a cada semana. Entre os mais assíduos frequentadores dessas jams estavam Mike Ratledge (teclados), Robert Wyatt (bateria, voz) e Kevin Ayers (baixo, voz). Em 1966 os três conhecem um freak australiano chamado Daevid Allen que além de tocar guitarra, iniciou o grupo na revolucionária técnica dos loops (sobreposição de fitas) e no uso de LSD. Nascia assim o Soft Machine, aquela que talvez tenha sido a maior e mais importante instituição inglesa no Rock. Em 1967 já sob a tutela de Giorgio Gomelsky o grupo lança seu primeiro e único single “Love Makes Sweet Music” que tinha como lado B “Feeling Reeling Squeeelin’” com a participação de Jimi Hendrix que por esta época já tinha alcançado enorme sucesso na terra da rainha. Era tempo de psicodelia e o Soft Machine ao lado de nomes como o Pink Floyd (então sob comando do alucinado Syd Barret) era figura fácil em clubes como UFO e Roundhouse. Durante uma excursão pela França em 1968 ocorreria um incidente que mudaria radicalmente a carreira do grupo Allen (australiano de nascimento), teve seu visto negado ao retornar para a Inglaterra, por lá ter trabalhado ilegalmente. Allen então decide ficar na França onde mais tarde ele fundaria o Gong (outro importante nome do movimento intitulado Canterbury Sound, nome dado as bandas inglesas de Rock psicodélico, que adotaram a cidade de mesmo como uma espécie de sede do movimento musical). O restante do grupo segue então como um Power trio e no mesmo ano grava seu primeiro álbum “The Soft Machine”, um verdadeiro ode a psicodelia entremeado de referências musicais britânicas. Em abril de 1969 o grupo consegue um novo guitarrista, Andy Summers (o mesmo que ficaria famoso anos mais tarde no The Police), mas a tensão entre o integrantes acabou fazendo com que o grupo se separasse por um período de alguns meses e que os membros se dedicassem a projetos individuais. Wyatt resolveu ficar em Nova York para trabalhar com Hendrix, enquanto Ratledge e Ayers voltaram para a Inglaterra. Em dezembro, o baterista foi contatado pela Probe, que havia lançado o primeiro disco para tentar promover algumas apresentações da banda. Em março do mesmo ano dava as caras ao mundo o excepcional “The Soft Machine Volume Two”, mais conhecido como “Volume Two”, que conseguiu soar ainda mais ousado que seu antecessor e onde pela primeira vez se nota influencias diretas do Jazz no som do grupo, que começou a ganhar fama no circuito europeu de jazz e fizeram dezenas de shows na Inglaterra, Bélgica, Holanda e França. Após uma excursão como o renomado Thelonious Monk no fim de 1969, um dos maiores jazzistas da sua geração o grupo resolve dar uma guinada em seu som, passando a investir em composições mais complexas onde o improviso se tornava o principal atrativo. Finalmente em 1970, após um breve entra e sai de integrantes o Soft Machine se estabelece com aquela que é considerada por muitos como sua formação mais clássica que incluía: Mike Ratledge (teclados), Robert Wyatt (bateria, voz), Hugh Hopper (baixo, voz) e Elton Dean (Saxofone). Reforçados por um excepcional time de músicos de estúdio Nick Evans (trombone), Lyn Dobson (flauta, sax), Jimmy Hastings (clarineta, flauta) e Rob Spal (violino) o grupo grava então o disco “Third”. Considerado por muitos a obra definitiva do grupo, o disco é o maior exemplar do que se convencionou chamar Canterbury Sound, um mix de jazz, psicodelia com forte tendência ao então recentemente inaugurado rock progressivo. O pioneirismo do grupo já fica evidente pelo formato inusitado do disco, um álbum duplo que contém apenas quatro longas faixas cada qual ocupando um lado da bolacha (para comparar o Beatles gravaram 30 canções para o também duplo “álbum branco”), mas são em suas ótimas composições que reside seu maior mérito. A abertura se dá com a excepcional “Facelift”, na realidade uma junção de duas apresentações ao vivo no Fairfield Hall (Croydon, em 4 de janeiro) e no Mothers Club (Birmingham, em 11 de janeiro). Iniciada com uma avalanche de efeitos psicodélicos, a canção desemboca num maravilhoso Jazz brilhantemente conduzido por Wyatt e Hopper, onde se destaca os ousados solos de Ratledge, antes de encerrar com uma frenética passagem de som marcada por curtas, mas significativas frases no sax e flautas. Genial!!!!! “Slightly All Time”, por sua vez investe em uma sonoridade jazz mais convencional, percebe-se uma riqueza de solos e variações bem típicas do jazz, aqui mais especificamente do potente sax de Dean, deliciosamente acrescentada por bases de flauta, teclados, baixo e de saxofone ao longo de seus 18 minutos de duração. “Moon In June”, o grande atrativo do álbum, composta por Robert Wyatt é uma montagem de velhas canções, incluindo as feitas com Gomelsky. Tocada quase inteiramente apenas pelo baterista, que aqui está em uma das melhores performances já registradas por um músico em disco, teve uma pequena participação de Hopper e Ratledge. Essa foi também uma das últimas faixas a incluir vocal na obra da banda. Em “Out-Bloody-Rageous” o teclado de Ratledge cria uma base com uma sonoridade psicodélica totalmente improvisada, para os demais integrantes (especialmente Dean) se esmerarem em excepcionais digressões jazzísticas, encerrando com chave de ouro esta obra prima do Rock. Jazz Rock, Rock Progressivo, Rock Psicodélico? A beleza atemporal de “Third”, é algo que desafia rótulos fáceis e como bem disse Arthur G. Couto Duarte na ótima resenha do disco presente na edição 45 da antiga revista Showbizz: “A verdade é que "Facelift", Slightly All the Time" e "Out-Bloody-Rageous" e, principalmente, a insana fantasia de "Moon in June" permaneceram à parte de tudo que foi criado no período. Um vórtice de colagens radiantes, breaks violentos, espasmos, fugas de órgão, clusters de sax e devastações rítmicas que confluíam para um incandescente oceano sônico de basalto e leva vulcânica.” "Third", devido a sua postura vanguardista, foi um fracasso comercial nos EUA entretanto na Inglaterra o álbum alcançou relativo sucesso, tendo o reconhecimento que uma obra prima desta magnitude merece. A formação que gravou o disco se reuniria ainda em agosto de 1971 para a gravação do igualmente essencial "Fourth", um disco totalmente instrumental, que segue a mesma linha adotada no álbum anterior, sendo quase tão bom quanto. Entretanto, uma nova rixa entre os integrantes do grupo faria com que Wyatt abandona-se o combo e formasse ainda em 1971 o Matching Mole. Com a saída de Wyatt o Soft Machine perdia muito do carisma que marcava as apresentações do grupo até então. Para ocupar a vaga deixada foi cooptado inicialmente Phil Howard musico que colaborava com a banda em algumas apresentações ao vivo, porém seu estilo de tocar não agradava a Dean e Hopper e este logo seria substituído por John Marshall, que tocava num grupo chamado Nucleus. Marshall era uma baterista muito técnico, porém a sua entrada marcava também uma nova fase na carreira do grupo voltada para o Jazz mais tradicional em detrimento da experimentação dos dois discos anteriores conforme comprovam os discos "Fifth", "Sixth" e "Seven" lançado respectivamente em 1972, 1973 e 1974, estes dois últimos já com Roy Babbington (também ex-Nucleus) no lugar de Hopper e com o multi-instrumentista Karl Jenkins substituindo de Elton Dean. Mas isso já é assunto para outras resenhas. O fato é que "Third" ao lado de "Bitches Brew" de Miles Davis e "Hot Rats" de Frank Zappa, ao lado do histórico disco de estreia do Blood, Sweat & Tears de 1968, estão gênese do estilo denominado Jazz Rock e a partir destes trabalhos bandas como Gong, Caravan, The Gary Moore Band, Hatfield & The North e National Health realizaram envolventes aventura pelo gênero sem contudo encontrar a coesão dos modelos originais. Isto só confirma a posição do Soft Machine como uma das maiores, senão a maior, instituição do Rock Inglês no fim dos anos 60 e começo dos anos 70 (a despeito de Rolling Stones e Beatles) e o leitor pode ter certeza que nesta afirmação não há nenhum exagero." (http://whiplash.net/materias/cds/143420-softmachine.html)
1.Facelift. 2.Slightly All Time. 3.Moon In June. 4.Out-Bloody- Righteous. Disco (duplo) em ótimo estado. Capa (dupla) com certo desgaste na borda (vide foto). Importado USA. Edição Original 1970. Saindo por R$ 90
It´s the first greatest hits album by the American rock band The Byrds and was released in August 1967 on Columbia Records. It is the top-selling album in The Byrds' catalogue and reached #6 on the Billboard Top LPs chart but failed to break into the UK Albums Chart. The album provides a summary of The Byrds' history during Gene Clark and David Crosby's tenure with the band and also functions as a survey of the group's hit singles from 1965 to 1967, a period when the band had its greatest amount of success on the singles chart. Most of the band's U.S. A-sides from this period are included on the album, along with three of their more important album tracks: "I'll Feel a Whole Lot Better", "The Bells of Rhymney", and "Chimes of Freedom". The three U.S. singles from this period that are not included on the album are "Set You Free This Time", "Have You Seen Her Face" and "Lady Friend". All of the songs included on the original Greatest Hits album can also be found on the band's first four albums, Mr. Tambourine Man, Turn! Turn! Turn!, Fifth Dimension and Younger Than Yesterday. The eight tracks on The Byrds' Greatest Hits that had been singles peaked at the following positions on the Billboard Hot 100: "5D (Fifth Dimension)" #44; "All I Really Want to Do" #40; "Mr. Spaceman" #36; "My Back Pages" #30; "So You Want to Be a Rock 'n' Roll Star" #29; "Eight Miles High" #14; "Turn! Turn! Turn!" #1; and "Mr. Tambourine Man" #1. In addition, four of the singles included on the album had charted in the United Kingdom, peaking at the following positions on the UK Singles Chart: "Turn! Turn! Turn!" #26; "Eight Miles High" #24; "All I Really Want to Do" #4; and "Mr. Tambourine Man" #1.[4] In particular, the "Eight Miles High", "Turn! Turn! Turn!", and "Mr. Tambourine Man" singles were widely influential during the 1960s, a time when singles, at least in pop music, were as important in their own right as albums, and generally more so. "Turn! Turn! Turn!" summed up the decade's counter-cultural values as much as "Blowin' in the Wind", "(I Can't Get No) Satisfaction" or "All You Need Is Love", while "Mr. Tambourine Man" and "Eight Miles High" helped to introduce the subgenres of folk rock and psychedelic rock respectively into the popular music of the day. (wikipedia) Side 1 "Mr. Tambourine Man" (Bob Dylan) – 2:29 "I'll Feel a Whole Lot Better" (Gene Clark) – 2:32 "The Bells of Rhymney" (Idris Davies, Pete Seeger) – 3:30 "Turn! Turn! Turn! (To Everything There Is a Season)" (Book of Ecclesiastes/Pete Seeger) – 3:49 "All I Really Want to Do" (Bob Dylan) – 2:04 "Chimes of Freedom" (Bob Dylan) – 3:51 Side 2 "Eight Miles High" (Gene Clark, Jim McGuinn, David Crosby) – 3:34 "Mr. Spaceman" (Jim McGuinn) – 2:09 "5D (Fifth Dimension)" (Jim McGuinn) – 2:33 "So You Want to Be a Rock 'n' Roll Star" (Jim McGuinn, Chris Hillman) – 1:50 "My Back Pages" (Bob Dylan) – 3:08 Disco e capa em ótimo estado. Edição Brasileira 80´s. Saindo por R$ 35
"Kris Kringle foi um projeto paralelo, um dos nomes de grife usados pelo grupo Memphis, campeão das domingueiras paulistanas no Clube Pinheiros e Círculo Militar em São Paulo, no início dos anos 70. O Memphis começou em 1966 como Bumble Bees e passou pelo Colt 45, mas também usou nomes de grupos fantasmas, como The Fox, Beach Band, Young Fellow, Joe Bridges e Baby Joe. O Kris Kringle (Papai Noel em alemão) lançou o petardo “Sodom” em 1971. Entre as várias versões de músicas de sucesso, destaque para a versão heavy-psicodélica de "Help", dos Beatles, o progressivo jurássico de "Sarabande" e o som Deep Purple total de "That's my love for you". Tudo no lugar: riffs grudentos, solos sinuosos, bateria acelerada, vocal hard e coruscantes linhas de baixo do virtuose Nescau. E, claro, órgão Hammond sempre na hora certa e na medida. Do primeiro ao último sulco, rock puro na veia! Um avanço para a época, o LP já foi lançado em estéreo, em ótima produção do mago de estúdio Cesare Benvenuti. Experimente ouvir com fones de ouvido de boa qualidade. Tudo foi gravado, mixado e masterizado (no talo!) à perfeição, no histórico Estúdio Gazeta (Estúdios Reunidos), na Av. Paulista, 900, no quarto andar do prédio da Fundação Cásper Líbero. Diferentemente até de CDs produzidos nos anos 90, o som é forte, redondo, encorpado e tonitruante. Nada de som de radinho de pilha, muito menos bateria de caixinha de fósforos. Meia hora de pau puro, para nenhum headbanger botar defeito! Pelo grupo, passaram, entre outros: Dudu França (Joe Bridges), bateria e lead vocal; Marcos Maynard (Marcão), guitarra-base, órgão e vocais; Carlos Alberto Marques (Carlinhos), guitarra, saxofone e vocais; Juvir Moretti (Xilo), guitarra-solo e vocais; Marco Antônio Fernandes Cardoso (Nescau), baixo e vocais; e Otávio Augusto Fernandes Cardoso (Otavinho), guitarra-base, teclados e vocais. Sodom é um lugar de confusão, cenas de tumulto, confusão e gritaria. Homem maluco ou lunático sem ordem! No conceito de Kris Kringle, a palavra recebe um novo e diferente sentido. Sodom vem a ser o som de duas vozes, Kris Kringle e Joe Bridges; separadamente explosivas e, quando juntas, incomparáveis. Sodom são as cordas da guitarra, movidas ferozmente por Mark Kringle. Sodom é o movimento de Joe Bridges, que não toca, mas ataca sua bateria. Sodom é você, a audiência acompanhando o ritmo com as mãos, deixando-os juntos nesse palpitante ritmo, e seus pés acompanhando com a dança, porque o som os força a isso. Enfim, Sodom é o agradável trabalho, excitação e exaustão que entram na criação de um LP que não é um LP, mas um ato final num longamente esperado sonho. É a criação de seis rapazes guiados por seu produtor. (Trad. Peja Prod.) O encarte viajandão parece usar linguagem cifrada. Além disso, finge, na maior caradura, ser tradução de um suposto original em inglês. As ilustrações também são totalmente psicodélicas, "mutcho lôkas" mesmo, condizentes com a viagem musical proposta pelo disco. O álbum, disputado a tapa nos sebos nacionais e internacionais por até US$ 300, teve bastante repercussão, pois mereceu uma segunda edição em 1972, e até um single lançado na França." (Texto de Silvio Atanes, publicado originalmente no blog Lágrima Psicodélica, in: http://brnuggets.blogspot.com.br/2006/03/kris-kringle-sodom-1971.html)
Disco com sinais de uso e pequenos estalos, mas com som ótimo e sem riscos. Capa (dupla) em bom estado (amarelecido natural, sem rasgos), com assinatura na frente. Edição Original 1971 (Raro). Saindo por R$ 80
"Este álbum entrou em quarto lugar nas paradas em novembro de 1980. Era resultado de seis semanas de gravação, combinando o trabalho de Vic Maile, famoso produtor da banda Dr Feelgood, e a formação clássica do Motorhead: o baixista/vocalista Ian "Lemmy" Kilmister, "Fast" Eddie Clarke (guitarra) e Phyl "Philty Animal" Taylor (bateria). Os 33 shows feitos na Inglaterra entre outubro e novembro de 1980 para promover Ace of Spades preparam a banda para a gravação ao vivo do LP que liderou as paradas de 1981, "No Sleep Till Hammersmith". A faixa-título do álbum certamente está no mesmo patamar do célebre "Hope I die before get old" de Pete Townshend como desejo de morte definitivo de um roqueiro.: "Dizem que eu nasci para perder/Porque jogar é para os tolos/Mas esse é o meu jeito, baby/Não quero viver para sempre." O primeiro e glorioso período da história do Motorhead, que termina com esse álbum, sem dúvida alguma estabeleceu os fundamentos (bateria metralhada, riffs alucinantemente rápidos, baixo pesado, vozes de rasgar a garganta) que os seguidores do speed metal, como Anthrax e Metallica, iriam desenvolver na segunda metade dos anos 80. Garry Bushell, da revista Sounds, deu nota máxima para este álbum: "Motorhead é heavy metal no único sentido significativo do termo. Todo o resto é apenas faz-de-conta". (Resenha extraída do livro "1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer") Disco e capa em excelente estado. Importado USA. Edição 2013. Saindo por R$ 100
"Dentre as inúmeras bandas surgidas no reino Unido durante o período que vai de 1979 a 1982 (reconhecido pela maioria dos interessados como o auge da NWOBHM), é relativamente pequeno o número delas que de fato superaram as fronteiras do movimento – e, enquanto a maior parte das bandas do cenário mergulhou no esquecimento, algumas conseguiram deixar um legado que permanece vivo até hoje. O Witchfinder General é uma destas bandas. Embora tudo nos leve a crer que o conjunto não era exatamente um sucesso estrondoso na época, o tempo se encarregou de cobrir o som do conjunto de uma aura cult, sendo hoje reverenciado como uma grande influência pelas correntes mais negras do metal e, mais especificamente, como um dos pioneiros do Doom Metal. Aparentemente, a trajetória do Witchfinder General (nome inspirado por Matthew Hopkins, o mais atuante caçador de bruxas da história britânica) remonta a 1977, quando Phil Cope (G) e Zeeb Parkes (V) se conheceram e passaram a compor algumas músicas em parceria. No entanto, os primeiros sinais de existência efetiva de uma banda só aparecem em 1979, quando o projeto faz suas primeiras aparições ao vivo. Tendo optado pela formação em quarteto, já na época Zeeb e Phil encontram grande dificuldade em fixar um time, com baixistas e bateristas entrando e saindo em escala quase semanal. Isso certamente acarretara um considerável atraso na evolução do grupo, e só em 1981 o conjunto consegue despertar a atenção da Heavy Metal Records, então lar de nomes como The Handsome Beasts e Jaguar, que concorda em financiar a primeira gravação do grupo (até onde se sabe, o quarteto nunca chegou a registrar uma demo). Assessorados pelo baixista Toss McReady e pelo baterista Steve Kinsell, Phil e Zeeb registram as faixas que, pouco depois, comporiam seu primeiro lançamento. O 7” single, contendo “Burning a Sinner” e “Satan’s Children”, é visto hoje como um item lendário, e colecionadores desembolsam quantias superiores a 100 Euros pelo privilégio de possuir um exemplar – nem mesmo uma reedição de idoneidade duvidosa, disponibilizada em 1998, foi capaz de diminuir a demanda. No lado musical, o metal pesado e sombrio, movido a riffs elaborados e de notória influência de Black Sabbath provocou alguma comoção na cena metálica das West Midlands (região geográfica de onde se origina o grupo e berço de gigantes como o Judas Priest e o próprio Black Sabbath), o que incentivou o selo a investir em novos lançamentos do promissor conjunto. Ainda em 1981, a excelente “Rabies” seria incluída na coletânea “Heavy Metal Heroes”, brilhando ao lado de grupos como Split Beaver, Soldier e Grim Reaper, e no ano seguinte veio ao mundo o 12” EP “Soviet Invasion”, contendo a faixa-título, a já citada “Rabies” (segundo algumas fontes, ambas seriam sobras das sessões de gravação do primeiro single - e de fato o resultado sonoro é bem semelhante) e uma versão ao vivo de “R.I.P.”, mais tarde imortalizada em estúdio para o debut LP. Este 12” também é um item valiosíssimo para colecionadores. A repercussão desses lançamentos deve ter sido interessante, pois ainda em 1982 seria lançado o LP “Death Penalty”, indiscutivelmente um dos grandes clássicos da NWOBHM. A formação que efetivamente gravou o disco ainda hoje é uma incógnita, e o assunto é de fato tão nebuloso que merece uma explicação um pouco mais detalhada. São creditados no disco, além de Phil Cope e Zeeb Parkes, um certo Woolfy Trope no baixo e Graham Ditchfield na bateria – de fato, McReady e Kinsell já haviam deixado a banda há algum tempo quando da gravação do LP. No entanto, é fora de dúvida que ao menos Graham não participou de fato das gravações, tendo sido escalado apenas para os shows que se seguiriam ao lançamento – assim, a inclusão de seu nome no encarte serviria mais como introdução do músico aos fãs do que como crédito efetivo nas gravações. Quanto ao baixo, já há algum tempo Zak Bajjon (que esteve durante algum tempo no Lionsheart) tem alegado ter sido músico do Witchfinder General no período em questão, e algumas fontes afirmam mesmo que o citado músico teria gravado as linhas de baixo de “Death Penalty”, deixando o grupo logo depois – em tal caso, o nome Woolfy Trope teria sido incluído pelos mesmos motivos que o de Ditchfield, faltando o encarte com a verdade mais uma vez. Alguns rumores dão conta inclusive de que uma pequena prensagem promocional de “Death Penalty” conteria os créditos corretos, citando Zak e um tal Kid Nimble na bateria ao lado de Zeeb e Phil. Uma história fascinante, sem dúvida; mas, como nos faltam evidências mais concretas para apoiar tal argumentação (acima de tudo, jamais uma das tais cópias promocionais de fato apareceu) e considerando que Zak Bajjon nunca perde uma oportunidade de projetar seu nome às custas de sua associação com o Witchfinder General (o que o desqualifica como fonte confiável nesse caso), nos parece mais seguro supor que Woolfy Trope foi quem, no fim das contas, gravou as partes de baixo do álbum – mesmo porque é quase certo que Trope nunca tocou ao vivo com o Witchfinder General, tendo saído após as gravações, o que vai contra a intriga citada acima. Quanto ao baterista, a questão segue um enigma, estando estabelecido que um músico de estúdio participou das sessões, embora não se saiba qual seria a sua identidade. De qualquer modo, seja lá quem gravou o LP, o fato é que sua musicalidade é realmente fantástica e, embora não remeta diretamente ao Doom Metal como seria de se supor (é mais mórbida do que depressiva e consideravelmente mais rápida), seus riffs marcantes e letras macabras, no mais das vezes inspiradas em temas ocultos e clássicos do terror, certamente tiveram importância para a formação do cenário mais “negro” surgido a partir da metade dos Anos 80. Seja como for, a repercussão foi boa (embora mais modesta do que a que grupos de mentalidade semelhante como Demon e Cloven Hoof recebiam na época), e a inclusão de uma das faixas do disco (“Free Country”) na segunda edição de “Heavy Metal Heroes” certamente ajudou a elevar o nome do conjunto. Porém, o Witchfinder General havia se tornado pouco mais do que um projeto de estúdio então, fazendo pouquíssimas aparições ao vivo (se é que de fato elas aconteciam então) e sem jamais fixar uma formação por um tempo mínimo capaz de dar estabilidade ao grupo. De qualquer modo, já em 1983 a banda voltava aos estúdios, e uma line-up com Zeeb Parkes, Phil Cope, Graham Ditchfield e Rod Hawkes no baixo foi confirmada para as gravações do que seria “Friends of Hell”. O álbum mostrava considerável progressão em relação ao debut, sendo no geral um trabalho mais pensativo e menos macabro (apesar do título) do que seu predecessor. Infelizmente, a repercussão foi bastante inferior à alcançada pelo trabalho anterior, e as dificuldades inerentes à manutenção de uma banda em tais circunstâncias devem ter sido suficientes para desmotivar o grupo, que já na metade da década deixava de existir, tendo mais provavelmente acabado de vez no primeiro semestre de 1985. Vendo em retrospecto, parece ter faltado ao Witchfinder General um pouco de sorte, e não está fora da realidade supormos que, tivesse conseguido fixar uma formação e promovido seus lançamentos de modo eficaz, o grupo poderia ter experimentado uma existência mais duradoura e bem-sucedida. Recentemente, com a renovação do interesse geral por este velho membro da NWOBHM (disparada pela aparição da música “Witchfinder General” na versão em CD da coletânea “NWOBHM ’79 Revisited”, coordenada por Lars Ulrich do Metallica, e por comentários elogiosos de vários nomes fortes do metal atual, entre eles o ex-Pantera e atual Superjoint Ritual Phil Anselmo), boatos surgiram dando conta de que um CD com material ao vivo do início dos anos 80 estaria prestes a sair, e até mesmo que o velho núcleo Parkes/Cope havia voltado a se encontrar e cogitava uma volta do Witchfinder General à ativa. Infelizmente, afora o relançamento em CD de boa parte do antigo catálogo do grupo, nada disso se materializou até o momento e o Witchfinder General segue sendo acima de tudo um nome do passado, respeitado por fãs de metal extremo e por entusiastas da NWOBHM. Que descanse em paz." (http://whiplash.net/materias/biografias/039456-witchfindergeneral.html) Faixas "Invisible Hate" – 6:05 "Free Country" – 3:10 "Death Penalty" – 5:35 "No Stayer" – 4:25 "Witchfinder General" – 3:51 "Burning a Sinner" – 3:28 "R.I.P." – 4:04 Disco e capa em ótimo estado. Importado UK. Edição 1983. Saindo por R$ 85