sábado, 26 de abril de 2014

Beatles - Hey Jude (70)



"Os Beatles já estavam praticamente destruídos como grupo musical quando a Capitol Records (dona dos direitos do grupo nos Estados Unidos) lançou esse álbum no mercado americano. 

Na verdade não é um disco oficial da discografia britânica. Os Beatles nunca pensaram em lançar algo assim mas os executivos da gravadora americana achavam um verdadeiro absurdo que um clássico como “Hey Jude” não estivesse em nenhum álbum oficial da banda. Assim acabaram criando um disco para a canção, uma das mais populares e conhecidas da história dos Beatles.

Para completar o disco resolveram ainda unir outros singles de sucesso que também seguiam até aquele momento inéditas em LP. O resultado dessa tacada de marketing é realmente um álbum bem bolado, que une alguns dos maiores sucessos da banda pela primeira vez.

Como dito, “Hey Jude” (ou “Beatles Again” como é conhecido em alguns países) é na realidade uma coletânea de canções que foram lançadas em compactos simples. Obviamente que Hey Jude é o carro chefe. Embora assinada por Lennon e McCartney essa é na realidade uma canção composta exclusivamente por Paul McCartney. Fez tanto sucesso na época que até hoje é reconhecida por qualquer pessoa, de qualquer segmento social. Paul a compôs pensando em Julian Lennon durante a separação de seus pais, John e Cynthia. Inicialmente se chamou “Hey Jules” (de Julian) mas depois para ficar menos óbvia Paul, após ouvir o que John achava, mudou o título para o que a tornou célebre.

Outra música 100% McCartney é a animada e alegre “Lady Madonna”, uma curtição de Paul com o som de New Orleans. Fats Domino era certamente uma inspiração para ele desde os tempos em que era um simples colegial em Liverpool.

Já do lado de John Lennon várias canções estão presentes. A mais autoral, como não poderia deixar de ser, era a baladinha com toques folk “The Ballad of John and Yoko”. Lennon ficou bastante chateado com a gravação dessa faixa. Para ele os Beatles a negligenciaram completamente, tanto nas gravações como em seu lançamento sem destaque algum. Para piorar o mal estar apenas Paul participou das gravações ao lado de John o que não era surpresa uma vez que George Harrison simplesmente odiava Yoko Ono e não gravaria algo assim louvando a musa de Lennon.

Outra canção que embora clássica era considerada mal gravada por Lennon era “Revolution” (lado B do single Hey Jude, o primeiro do grupo no selo Apple). Lennon sempre reclamava do pouco caso que os demais Beatles fizeram da música. Para ele sempre havia um clima de “preguiça e má vontade” com suas composições dentro dos estúdios. Não é de se admirar que o grupo estivesse tão tenso com tantas mágoas e rivalidades nas gravações das canções.

Outra faixa excepcional da safra de John Lennon era “Don't Let Me Down” que seria muito executada após sua morte pela óbvia associação da letra com seu terrível assassinato. Com tantos clássicos juntos em um só álbum não há o que reclamar. Só a lamentar a mistura de canções da primeira e segunda fase dos Beatles em um mesmo disco. Não tem sentido colocar canções da trilha de “A Hard Day´s Night” em um álbum como esse, tão característico dos últimos momentos do grupo. Mesmo assim fica a recomendação. Os Beatles foram tão produtivos, tão talentosos, que até LPs que eram meras coletâneas de compactos perdidos eram simplesmente geniais."

(http://music-pabloaluisio.blogspot.com.br/2013/02/the-beatles-hey-jude.html)

Faixas:

Can't Buy Me Love
I Should Have Known Better
Paperback Writer
Rain
Lady Madonna
Revolution
Hey Jude
Old Brown Shoe
Don't Let Me Down
The Ballad of John and Yoko


Disco e capa em muito bom estado (com sinais de uso, algum chiado ocasional, sem riscos).
Edição Brasileira de 1985.
Saindo por R$ 30,00


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