quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Egberto Gismonti, Naná Vasconcelos, Walter Smetak - Nova História da MPB



Documento fantástico com informação de alta qualidade sobre esses monstros da nossa música (material de pesquisa histórica/fotográfica inigualável)...  acompanha disco 10 polegadas...

Disco e encartes em excelente estado. 
LACRADO.
Saindo por R$ 15,00

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Mountain - Avalanche (74)



"Depois de dois discos ao vivo o Mountain estava louco para voltar às gravações em estúdio. "Avalanche" é uma tentativa de volta aos dias inspirados de "Climbing". Mais voltado para a guitarra de Leslie West, o rock rola solto com as versões de "Whole Lotta Shakin' Goig On" e "Satisfaction". Pappalardi voltava afiado e compondo muito como em "Sister Justice", "Swamp Boy" (e sua introdução bacana), "Thumbsucker" e "Last Of The Sunshine Days". "Alisan" era mais uma bela peça instrumental de West, nos moldes de "To My Friend" que aparecia no disco Climbing. "You Better Believe It" mostra o quanto faz diferença ter Corky Laing de novo na bateria e "I Love To See You Fly" tem algo de Led Zeppelin."

(Fonte: Mountain - discografia comentada http://whiplash.net/materias/poeira/000801-mountain.html#.UswQMfRDtBk#ixzz2piuN7K9i)


Disco (Quadraphonic) e capa em excelente estado.
Edição Original de 1974.
Importado USA.
Saindo por R$ 60,00




Elis Regina - Elis (1972)



"O ano de 1972 foi bastante significativo para a chamada “Música Popular Brasileira” graças a artistas que lançaram discos essenciais para qualquer um que aprecie o que há de melhor em matéria de canção brasileira. Elis Regina é uma das artistas que merecem sem lembradas não apenas pela qualidade de seu trabalho em 1972, mas por todos os serviços prestados pelas artes no Brasil.

No entanto, Elis não era uma figura tão benquista no início da década de 1970 para algumas pessoas no Brasil. Muitos entenderam suas declarações contra as turminhas da Jovem Guarda e da Tropicália como reacionárias e retrógradas. Seu temperamento explosivo e espalhafatoso lhe rendeu uma aura de diva – fato que também era realçado pelo seu casamento com Ronaldo Bôscoli, um dos artífices da Bossa Nova. Sua apresentação no Encontro Cívico Nacional, evento organizado pelo governo militar em 21 de abril de 1972, regendo um coral de artistas que entoaram o Hino Nacional Brasileiro foi um amargo passaporte para a galeria de artistas que “apoiavam o regime”.

A esquerda e outros reacionários de plantão não hesitaram em levar Elis Regina para o limbo dos artistas malditos por supostamente apoiarem o regime militar, o que exigiu uma resposta imediata da cantora: seu repertório precisava ser mais jovem, mais engajado, menos sisudo. Para a execução desta missão de honra, a Philips (gravadora da Pimentinha na época) convocou Roberto Menescal para produzir o disco e o talentoso pianista César Camargo Mariano para fazer os arranjos. Elis tratou de operar o restante das mudanças necessárias: separou-se de Bôscoli (desfazendo a parceria de trabalho com o marido e seu fiel companheiro, Luiz Carlos Miéle), rompeu seu contrato com a Rede Globo de Televisão e deu início à sua parceria (musical e amorosa) com César.

Elis, segundo disco de uma série de discos que levavam o primeiro nome da artista na década de 1970, foi lançado em 1972. A partir deste disco, Elis Regina sentiu-se finalmente livre para explorar limites nunca antes explorados até aquele momento em sua carreira: sua interpretação tornou-se mais sóbria e menos exagerada; seu repertório passou a ser mais ousado, mais diversificado, mais juvenil, porém sem deixar de reverenciar o que há de melhor na tradição de monstros sagrados da canção brasileira. Enfim, este é o primeiro disco que reflete a virada musical da carreira da cantora mais importante do Brasil.

O time de compositores jovens reunidos por Elis e Roberto Menescal para este álbum é um verdadeiro escrete de talentos musicais invejáveis: Sueli Costa & Vitor Martins, João Bosco & Aldir Blanc, Milton Nascimento & Ronaldo Bastos, Fagner & Belchior, Zé Rodrix & Guarabyra, Chico Buarque & Francis Hime, Ivan Lins & Ronaldo Monteiro de Souza, Zé Rodrix & Tavito… Além de uma faixa inédita de Tom Jobim, o repertório deste disco se compõe também de regravações de dois clássicos da nossa Era do Rádio: “Vida de Bailarina” (Américo Seixas – Dorival Silva) e “Boa Noite Amor” (José Maria de Abreu – Francisco Matoso).
Veja o tracklist do disco, com uma breve explicação para cada faixa e entenda o porquê deste trabalho de Elis ser considerado um verdadeiro clássico da música brasileira:

“Vinte Anos Blue” (3:11)
Parceria da cantora e pianista Sueli Costa com o letrista Vitor Martins (que se tornaria célebre graças a sua parceria musical com Ivan Lins anos mais tarde), esta canção é uma balada melancólica que ganha uma força bastante significativa na voz de Elis, que tinha 27 anos ao gravar este clássico. O disco abre com a constatação de que a voz que canta já passou de seus 20 anos de idade e que existe uma série de “perguntas sem respostas”… O piano de César Camargo Mariano e o arranjo de cordas que surge ao final da canção conferem a esta gravação uma melancolia típica do Brasil de 1972.

“Bala com Bala” (3:12)
Elis Regina já era conhecida em 1972 como uma verdadeira caçadora de jovens talentos musicais. Neste disco, não foi diferente ao lançar uma nova dupla de compositores: o engenheiro, cantor e compositor João Bosco e seu parceiro, o letrista e psiquiatra Aldir Blanc. “Bala com Bala” é um jazz arrebatador, pontuado pelo piano elétrico de César e permitindo vários dribles vocais de Elis, que narra duelos inacabados, batalhas implacáveis e concluindo (de maneira brilhante!) que “Toda fita em série que se preza, dizem, reza / Acaba sempre no melhor pedaço”.

“Nada Será Como Antes” (2:45)
Uma das canções mais populares (e políticas) do disco, esta canção é uma parceria de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos. As notícias de pessoas “distantes” devido à ditadura militar, a falta de utopias no presente e a crença de que o futuro jamais abrigaria as glórias do passado. Há uma curiosidade em relação à versão de Elis: os versos “Alvoroço em meu coração / Amanhã ou depois de amanhã / Resistindo na boca da noite um gosto de sol” foram suprimidos para dar lugar aos versos pessimistas “Sei que nada será como está / Amanhã ou depois de manhã”. Pergunto-me o porquê de Elis ter feito esta omissão de trechos da canção de Milton. Seria por esquecimento? Seria por desconhecimento do original do Clube da Esquina? Seria intencional? Seria para deixar seu pessimismo bem claro? De qualquer maneira, a interpretação de Elis Regina de “Nada Será Como Antes” tornou o clássico de Milton menos esperançoso, o que, em 1972, era necessário para que as pessoas se conscientizassem a respeito do verdadeiro clima que pairava nos ares deste país, além de deixar evidente que a Pimentinha.

“Mucuripe” (2:27)
A quarta faixa do disco é uma toada composta por Fagner e Belchior. Apesar de ter sido gravada por Roberto Carlos e seu antológico disco de 1975, foi a versão de Elis que ajudou a popularizar os compositores desta canção, que pouco tempo depois, gravaram seus primeiros LPs. A interpretação de Elis é contida, porém não deixa de ser dramática e emocionante.

“Olhos Abertos” (2:37)
Rock rural de Zé Rodrix e Gutemberg Guarabyra (dois integrantes do trio Sá, Rodrix e Guarabyra). Em um mundo dividido entre comunistas e capitalistas, hippies alienados e militantes engajados, jovens e velhos, o canto de desejo de Elis Regina pregava união em um momento no qual o sistema queria que tudo e todos estivessem reduzidos a fragmentos.

“Vida de Bailarina” (2:25)
A sexta faixa do disco é uma regravação de um dos maiores hits de Ângela Maria. Tributo composto por Américo Seixas e Dorival Silva (também conhecido como Chocolate), “Vida de Bailarina” foi a primeira canção escolhida pela jovem Elis Regina para interpretar nas primeiras vezes em que participou de concursos de calouros da Rádio Farroupilha, de sua Porto Alegre natal. A versão que foi registrada nos sulcos do vinil revela uma interpretação discreta de Elis – fugindo a tradição dos cantores da geração de Ângela e Cauby Peixoto, que cantavam casos e desenlaces amorosos a plenos pulmões, isto é, a partir de notas altíssimas! –, conduzida pelo dedilhar jazzístico do piano de César Camargo Mariano, baixo, bateria e um arranjo singelo de cordas.

“Águas de Março” (3:05)
O Lado B se inicia com a esperançosa “Águas de Março”, uma dos maiores composições de Antônio Carlos Jobim. Lançada originalmente por Tom em maio de 1972, em um compacto (dividido com João Bosco) encartado no lendário semanário underground O Pasquim, a canção foi oferecida a Elis logo depois. A versão de Elis para a canção de Jobim se tornou tão emblemática que recebeu uma releitura da Pimentinha ao lado do Maestro Soberano dois anos depois, quando ambos gravaram Elis & Tom em Los Angeles, nos Estados Unidos.
As referências literárias e musicais, escolhidas por Tom foram as mais variadas. No entanto, os versos mais emblemáticos de “Águas de Março” são justamente os que encerram esta belíssima canção: (“São as águas de março / fechando o verão / É promessa de vida / no seu coração”). Através da voz de Tom, Elis Regina lançava em sua viagem de trevas uma (merecida) fagulha de esperança. A temporada de chuvas que fecha o verão é símbolo de esperança e renovação, apesar das trevas, dos pregos e do desgosto.

“Atrás da Porta” (2:48)
Obra-prima da parceria entre Chico Buarque e Francis Hime, “Atrás da Porta” foi escrita sob medida para a voz de Elis Regina. O que existe de curioso a respeito da história da gravação deste clássico é que Chico não havia completado apenas a primeira parte da letra desta canção quando Elis começou a gravá-la. Ao ouvir a fita que continha estes versos gravados, Chico emocionou-se e escreveu o resto da letra… O que fez de “Atrás da Porta” uma canção antológica foi o fato de que Elis a interpretou com o conformismo desesperado de uma mulher que vivia em crise amorosa permanente. Elis conhecia muito bem este circuito de trevas, pois, aos 27 anos, já tinha vivido vários amores frustrados (Solano Ribeiro, Ronaldo Bôscoli e, anos mais tarde, o próprio César Camargo Mariano!).

“Cais” (3:17)
“Cais”, de Milton Nascimento & Ronaldo Bastos, é um acalanto para a mulher abandonada descrita na faixa anterior. A invenção torna-se a única arma que restava para a viagem a qual Pimentinha trilhava. O suntuoso arranjo de cordas e o cravo tocado por César Camargo Mariano conferem um tom épico e dão à interpretação de Elis uma força de um gigante. Milton, definitivamente, conseguiu em Elis Regina sua intérprete mais singular, mais completa e mais competente graças a gravações como esta.

“Me Deixa em Paz” (2:10)
A décima canção que faz parte deste disco de Elis é uma parceria entre Ivan Lins e seu primeiro parceiro musical, o letrista Ronaldo Monteiro de Souza. “Me Deixa Em Paz”, destaca-se neste pacote não apenas pelo piano elétrico de César Camargo Mariano, como também pela elegante interpretação de Elis, que lembra um pouco as canções que interpretava em suas lendárias temporadas no Beco das Garrafas.

“Casa no Campo” (2:45)
Outro Rock rural de Zé Rodrix, desta vez em parceria com Tavito. No entanto, a gravação de Elis Regina para “Casa no Campo” é tão lembrada pela memória afetiva dos brasileiros que torna-se difícil para qualquer pessoa que faça música neste país gravá-la… A letra da canção descreve o desejo que todos nós temos em ter uma casa repleta de amigos, animais, discos, paz, calmaria, esperança… Além disso, Elis desejava uma “esperança de óculos” e seu “filho de cuca legal” (João Marcello Bôscoli), desejo que todos nós que temos filhos também compartilhamos…


“Boa Noite Amor” (2:23)
O Elis 1972 se encerra com um dos maiores sucessos de Francisco Alves. Composta por José Maria de Abreu e Francisco Matoso, trata-se de uma belíssima cantiga de ninar para a pessoa amada entoada por uma voz contida, precisa, porém sem deixar de ser emocionada. Pimentinha escolheu para finalizar seu disco uma belíssima declaração de amor para seu novo marido e parceiro musical por nove anos, César Camargo Mariano. A participação deste músico foi um dos elementos-chave na produção de um dos álbuns mais marcantes da discografia de Elis Regina.

*

Se você nunca ouviu este disco de Elis Regina e quer saber o porquê deste trabalho ser um dos discos mais importantes não só de 1972, mas de toda a história da música brasileira, não hesite mais de uma vez e ouça-o! 

Discos como este Elis fazem com que qualquer um de nós entenda o porquê do Brasil ainda necessitar ouvir Elis Regina. Este disco, que já completou 40 anos de idade, ainda tem muito a nos dizer…"

(http://pequenosclassicosperdidos.wordpress.com/2012/07/07/elis-regina-elis-1972/)


Disco e capa em muito bom estado - sem riscos.
Edição Original de 1972.
Saindo por R$ 30,00


sábado, 4 de janeiro de 2014

Sepultura - Chaos A.D. (93)



"Rupturas, inovações, quebra de paradigmas. Qualquer pessoa ou quaisquer grupos de pessoas, em qualquer campo social, que ousem desafiar regras e modelos já bem estabelecidos e consagrados sofrem, obrigatória e inevitavelmente, resistência e reações adversas. É da própria natureza humana abraçar o velho e sua segurança e repudiar o novo e suas mudanças e incertezas. Entretanto, não é e nunca foi do DNA do Sepultura, banda cuja música é, por definição, explosiva e contestatória, se acomodar e se prender a fórmulas bem-sucedidas. A ousadia e a inquietude sempre foram marcas registradas do quarteto mineiro.

Em 1993, depois do sucesso retumbante de "Beneath the Remains" e "Arise", álbuns calcados em um thrash/death metal vigoroso e visceral com explícitas influências de Slayer, o Sepultura resolveu arriscar em "Chaos A.D.". E, apesar da polêmica inicial, a aposta foi exitosa. Ao misturar a brutalidade e selvageria metálicas, características que notabilizaram o grupo desde os seus primórdios, com percussão, batidas e ritmos tribais, os belohorizontinos criaram uma linha musical de vanguarda. Em uma verdadeira antropofagia musical, o Sepultura apimentou e incrementou um gênero musical estadunidense – thrash metal da Bay Area, em San Francisco – com influências próprias da cultura tupiniquim, tornando-se, ao mesmo tempo, uma banda de fácil identificação e de difícil classificação e rotulação.

Em "Refuse/Resist" e em "Territory", músicas que soberbamente abrem "Chaos A.D.", o grupo já deixa claro aos mais desavisados e xiitas que os andamentos mais acelerados e os riffs palhetados, apesar de ainda darem as caras em significativa quantidade, não são mais os principais ingredientes de sua música. Em contrapartida, se uma boa parcela dos riffs está mais técnica, cadenciada e trabalhada, a agressividade – emanada principalmente dos vocais guturais absurdamente poderosos de Max Cavalera –, o peso e a crueza, para alegria dos fãs mais puristas e para desespero dos ouvidos mais delicados de porcelana, continuam lá, inabaláveis e intocáveis. É nessa composição/mescla de novas nuances com elementos já tradicionais que reside o grande mérito e o grande trunfo de Chaos A.D. Prova disso é que, em um mesmo álbum, convivem harmonicamente canções tão díspares quanto "Kaiowas" – música instrumental, de acentuado caráter tribal, em homenagem aos índios brasileiros da tribo homônima que, segundo consta no encarte, “cometeram suicídio em massa como protesto contra o governo que estava tentando se apropriar de suas terras e de seus costumes” – e "Biotech is Godzilla", faixa thrash/hardcore raivosa que poderia facilmente fazer parte de "Arise" ou de "Beneath the Remains".

Individualmente, os principais destaques são, obviamente, os irmãos Cavalera: o coração, o cérebro e a alma do Sepultura. Max, além da já elogiada performance vocal, foi o grande responsável por trazer elementos tribais ao som do Sepultura – fato que ficou inteiramente corroborado após a sua deserção em 1996, quando esses traços foram progressivamente desaparecendo até serem totalmente eliminados em "Roorback" e em "Dante XI" – e escreveu quase todas as letras de "Chaos A.D.", com menção especial a "Refuse/Resist", uma crítica à proliferação de conflitos e guerras mundo afora, e a "Manifest", um protesto contra a truculência governamental e policial no episódio conhecido como massacre do Carandiru, uma verdadeira chacina de presidiários.

Igor Cavalera, por sua vez, mostrou em "Chaos A.D." que não era “apenas” um baterista pesado, rápido e preciso, como ficou evidenciado nos primeiros trabalhos do grupo, mas era também dono de um arsenal bastante variado e intrincado. As linhas de bateria de "Territory", "Slave New World" – outro petardo thrash – e "Kaiowas", por exemplo, além de memoráveis, inventivas e antológicas, elevaram Igor a um patamar de respeitabilidade internacional, sendo considerado até hoje como um dos melhores bateristas do Brasil e do mundo.

Romper barreiras e quebrar paradigmas é, via de regra, uma tarefa complicada e, por vezes, traumática. Gera insatisfações e pode deixar seqüelas irreversíveis. Se foi em "Roots" – outro álbum altamente recomendável – que o Sepultura aprofundou e levou ao extremo as influências tribais, foi em "Chaos A.D." que essas novidades vieram à tona e revolucionaram tudo aquilo que era conhecido como metal no início da década de 90. O Sepultura mostrou, enfim, que, apesar do abismo histórico que os separa e da barreira imposta pelos headbangers mais conservadores, o moderno e o plugado – o heavy metal – e o antigo e o desplugado – a cultura e a música indígenas – poderiam conviver pacificamente em uma simbiose cultural e musical altamente enriquecedora. Foi assim que o quarteto mineiro rompeu, inovou, quebrou velhos paradigmas e assegurou seu lugar na eternidade.

Indispensável."

(http://whiplash.net/materias/cds/073492-sepultura.html#.UsiCCtJDsjE)


Disco e capa em excelente estado.
Edição Brasileira Original de 1993 (única com o bônus "Polícia").
Saindo por R$ 45,00


California Concert: The Hollywood Palladium (live 71) George Benson, Freddie Hubbard, Hubert Laws, Stanley Turrentine, Hank Crawford, Johnny Hammond, Ron Carter, Billy Cobham and Airto Moreira




"After CTI Records became independent in 1970, founder Creed Taylor celebrated the label’s early success by collecting a group of musicians actively recording for the label at the time for summer tours. These tours were package deals highlighting the label’s records and its best-known music. Billed as the “CTI All Stars,” the varying collective assembled each year between 1971 and 1975 playing stadiums and large venues like rock bands and reaching larger audiences than any one of the CTI artists could ever hope to reach on their own. 

For this particular occasion, Taylor handpicked a dream team of CTI artists for what would become California Concert: The Hollywood Palladium, one of the label’s first all-star live assemblages. The concert was an absolute success, featuring George Benson on guitar, Freddie Hubbard on trumpet, Hubert Laws on flute, Stanley Turrentine on tenor saxophone, Hank Crawford on alto saxophone, Johnny Hammond on organ and electric piano, Ron Carter on bass, Billy Cobham on drums and Airto Moreira on percussion. 

It is one of the finest recordings in the whole CTI catalog and it contains all of the label’s star performers of the time at their very best, in often exciting interplay with one another, playing their CTI hits. Each was as likely as not to be on the other’s studio recordings too. That means great players at the top of their game playing with other great players at the top of theirs. Too few recordings in the whole of jazz have this much star power, this much great - and label-specific - music and this much great playing.

This definitive document of the first and best-known of the CTI All Stars concerts contains nearly all of the entire performance including all of the original 1971 LP’s five tracks, “Fire and Rain,” “Red Clay,” “Sugar,” “Blues West” and “Leaving West,” which though left off the 1987 CD issue of California Concert was included on the 1990 Epic/Legacy CD The Best of Stanley Turrentine. 

This sort of all-star jazz concert was not only the exception to the rule back in 1971. It is nearly unheard of today. There are probably quite a number of reasons for this, chief among which is probably the lack of true jazz stars still alive and labels such as CTI Records that house so many prominent jazz recording artists. It’d be hard to gather a comparable line-up of jazz stars on the level of what CTI did for their all-star dates in general and California Concert: The Hollywood Palladium in particular (indeed only Laws, Carter, Cobham and Airto are still with us today). Sure, Hubert Laws and Airto Moriera showed up for several recent CTI All Stars dates in Europe. But it’s not the same anymore. 




So I would suggest enjoying California Concert: The Hollywood Palladium, not only the pinnacle of the CTI All Stars, but also the only recording of this assemblage we’re likely to enjoy on an official level.

The masterful California Concert: The Hollywood Palladium is an absolute classic, filled not only with great players playing at or above their best, but also brimming with some of the era’s most definitive music. This is an essential addition to any jazz collection and a strong argument for just how good jazz could be in the early 1970s – especially for those who think otherwise: proof positive that CTI Records not only had much to say to jazz listeners of the day but to true music lovers of all generations"

(http://dougpayne.blogspot.com.br/2010/10/california-concert-hollywood-palladium.html)





Disco e capa em excelente estado.
Edição Brasileira de 1973.
Saindo por R$ 60,00

Triumvirat - Spartacus (75)



"Trata-se de um álbum conceitual. A temática gira em torno da vida de Espártaco no cenário da Roma Antiga. A sequência das faixas é a ordem cronológica dos fatos: desde o início da rebelião à morte de Espártaco.

01. The Capital of Power (3:13)
O álbum se inicia com uma faixa instrumental que, pelo título, traduz-se no Poder de Roma, centro de um dos maiores impérios da antiguidade. Espártaco era um mercenário trácio contratado para defender o exército romano. Entretanto, Espártaco desvinculou-se do ideal de Roma e desertou-se das tropas romanas. Como punição ele foi reduzido a escravo.

02. School of Instant Pain (6:22)
Proclamation (Proclamação)
Lêntulo Batiato era um lanista (treinador de escravos e gladiadores) e dono de uma Escola de Gladiadores em Cápua, na Itália. Ele enviava mercadores para comprar escravos e traze-los para sua escola. Chamou a atenção de um de seus mercadores o vigor físico de Espártaco. Ele comprou Espártaco e o levou à Cápua, onde ficou preso com outros escravos destinados a serem treinados.

Diante dos escravos, Espártaco proclamou-se seu guia e assumiu o compromisso de derrubar a barreira da miséria e juntos construírem uma terra melhor.

The Gladiator's Song (A Canção do Gladiador)
Espártaco narra que era treinado para matar o oponente com uma espada, lança ou mesmo com as próprias mãos. Na arena, o público se acomodava na primeira fileira para assistir ao espetáculo protagonizado por escravos tomados pela raiva. Os escravos não tinham chance de se libertar. Eles estavam condenados a lutar pela eternidade.

Roman Entertainment (Entretenimento Romano)
O anunciador do espetáculo orienta Espártaco antes dele entrar na arena. Ele diz para Espártaco não pensar muito em sua segurança porque não há escolha: está condenado a ir para o inferno de todo jeito. Há muitas pessoas no público esperando pela luta, então é melhor não hesitar quando o sino for tocado. É a chance de Espártaco mostrar sua bravura e, se conseguir voltar vivo, há mais uma grande luta marcada para o dia seguinte.

The Battle (A Batalha)
O instrumental então traduz a batalha entre Espártaco e seu oponente diante dos romanos.

03. The Walls of Doom (3:56)
"As paredes da desgraça" traduz o momento em que os escravos são recolhidos para as celas. Eles são mantidos presos a espera do próximo combate mortal.

04. The Deadly Dream of Freedom (3:53)
Durante toda a noite, Espártaco conta que ele e os outros escravos permaneceram acordados e observaram a sombra do amanhecer de suas celas. Então Espártaco diz que tem o sonho de mudar essa situação e conta com a esperança de seus companheiros para ajudá-lo a concretizar esse ideal.

E foi assim que Espártaco e seus homens se rebelaram contra os maus-tratos recebidos. Eles se livraram das correntes e bolas que os prendiam e, armados apenas com facas de cozinha, mataram os guardas da escola de gladiadores. Eles levaram as armas do local e fugiram.

05. The Hazy Shades of Dawn (3:08)
"As sombras nebulosas do amanhecer" traduz o momento da fuga de Espártaco e outros escravos.

06. Burning Sword of Capua (2:41)
Logo ao saberem da fuga dos rebeldes, foram enviadas tropas locais de Cápua para capturar os fugitivos. Nesse confronto, os homens de Espártaco saíram vitoriosos e levaram consigo as armas dos derrotados.

07. The Sweetest Sound of Liberty (2:35)
Espártaco e seus seguidores adquiriram experiência em combate na escola de gladiadores e se mantiveram unidos por uma causa comum: a busca da liberdade para construir um mundo sem ódio e medo. Após a vitória sobre as tropas locais de Cápua, muitas pessoas aderiram à causa de Espártaco. O fortalecimento dos homens de Espártaco fez com que Roma enviasse expedições para conter o avanço dos revoltosos.

08. March to the Eternal City (8:46)
Dusty Road (Estrada empoeirada)
Espártaco e seus incontáveis homens estavam a caminho de Roma. Seus homens estão armados e confiantes na vitória. O primeiro confronto aconteceu contra os 3 mil homens da primeira expedição enviada por Roma.

Italian Improvisation (Improviso Italiano)
Trecho instrumental que traduz o momento da batalha entre os romanos e o os homens de Espártaco.

First Success (Primeiro Sucesso)
Espártaco vence o primeiro confronto e seus homens seguem confiantes de que a vitória sobre Roma está próxima.

09. Spartacus (7:37)
The Superior Force of Rome (A Força Superior de Roma)
As vitórias de Espártaco estavam incomodando Roma. Foi designado o general Marco Crasso (o mesmo que posteriormente formaria o Primeiro Triunvirato - origem do nome da banda?) para esmagar a revolta dos escravos lideradas por Espártaco. O descanso da última batalha vitoriosa dos homens de Espártaco não duraria muito tempo, pois a batalha decisiva contra os homens de Crasso logo se iniciaria.

A Broken Dream (Um Sonho Partido)
Pompeu, um general romano, estava regressando a Roma com seus homens, após sufocar com sucesso uma revolta na Hispânia. O Senado romano aproveitou-se desse fato e o ordenou a desviar seu caminho para o sul, local onde estava ocorrendo a batalha de Crasso e Espártaco. Para que a glória em derrotar os rebeldes não fosse atribuída a Pompeu, Crasso decidiu acabar rapidamente com os homens de Espártaco. A chegada dos reforços romanos e a pressão das tropas de Crasso fizeram com que os homens de Espártaco divergissem sobre o que fazer. Ao ver seus homens desorientados e a derrota iminente, Espártaco tentou chegar a um acordo com Crasso em vão. Sem escolha, Espártaco lançou-se ao combate até a morte. Seis mil escravos sobreviventes foram crucificados como punição pela rebeldia.

A letra e o instrumental agitado descrevem o momento em que os escravos lutavam. Então o instrumental muda e a letra ressalta o valor de Espártaco ao se levantar com garra e derrotar todos os inimigos ao seu redor. Retorna o instrumental agitado e é dito que os soldados percebem que precisam de mais homens para derrotar Espártaco. Eles deixam o local por um tempo. O instrumental novamente muda e Espártaco pondera que, embora tenha vencido naquele momento, seria muito difícil sair vitorioso dessa guerra. Todos os sonhos almejados por ele e seus amigos se foram. Não há chance de se libertarem. O instrumental agitado anuncia que milhares dos homens de Espártaco tiveram sua morte escolhida pelos romanos entre serem crucificados ou devorados por leões. Eles foram vítimas de uma era muito cruel. O instrumental muda e conclui que a glória e a riqueza de Roma foram conquistadas sobre os ombros dos escravos. Espártaco esteve próximo de mudar essa história, mas foi tudo em vão. Haverá mais sangue e dor.

The Finale (O Final)
Trecho instrumental que traduz a vitória dos romanos sobre a rebelião dos escravos liderada por Espártaco. Esse evento ficou conhecido como Terceira Guerra Servil que ocorreu no sul da Itália entre os anos de 71 a.C. e 73 a.C."

(http://progresenhas.blogspot.com.br/2011/10/triumvirat-spartacus.html)


Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira Original de 1975.
Saindo por R$ 30,00

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Miles Davis - A Night in Tunisia



"MILES DAVIS A Night In Tunisia (1984 UK 10-track vinyl LP of early material under Charlie Parker's leadership, including Bird Of Paradise, Yardbird Suite and Ornithology"

(http://eil.com/shop/moreinfo.asp?catalogid=498953)


Side One:
1. A Night In Tunisia
2. Bird's Nest
3. Bird Of Paradise
4. Lovers Theme
5. Mr Lucky

Side Two:
6. Yardbird Suite
7. Ornithology
8. Moose The Mooch
9. Hot Lips
10. Cool Blues

Disco e capa em ótimo estado.
Edição Brasileira Charly Records.
Saindo por R$ 30,00

David Bowie - The Man Who Sold the World (70)



"Camaleão é uma descrição que faz obviamente menção a todo aquele que consegue ser uma espécie de transformista, moldando suas características ao ambiente a fim de se camuflar. Na música, isso seria como passar pelo rock agressivo, contornar e "criar" o glam-rock e cair na festa num bom pop, tudo isso sempre pregando qualidade e competência, em outras palavras, esse é o inglês David Bowie, de oito de janeiro de 1947, é músico (retirado dos palcos desde 2004), ator, produtor e arranjador. Tanta atividade assim justifica o fato de passar o tempo e sempre o britânico ter acumulo de funções, realmente utilizando a experiência no seu aprimoramento profissional. Vanguardista como sempre foi e continua sendo, pode-se dizer que Bowie, criativo que é, fez de seu terceiro álbum, ao passo do desencanto dos tempos áureos e engrenando numa fase obscura da música, com extensivo e aberto uso de drogas, um verdadeiro marco do rock em seus subgêneros: O homem que comprou o mundo deu-se ao direito de criar uma inovação artística: o glam-rock !

Segundo álbum com a Mercury, terceiro em sua carreira profissional, Bowie saiu dos cabelos alisados e desgrenhados dos dois primeiros álbuns. Sendo assim, é impossível falar do álbum em si sem citar sua capa, Dave está em sua androgenia, inspirado pelo pintor Dante Rossetti. O vestido que trajava, foi novamente usado no ano seguinte em seu primeiro tour que promovia o álbum pelos Estados Unidos. Nos dois anos seguintes (71/72) o álbum apareceria com três capas diferentes da primeira versão britânica. É importante falar nesse ponto que o álbum primeiro foi lançado nos Estados Unidos com a capa de um fazendeiro andando em frente ao Cane Hill, um reformatório mental. Apenas no ano seguinte que os britânicos lançariam a capa "polêmica". Falando do staff que participou, podemos encontrar o núcleo do grupo que participaria do mais aclamado álbum de David Bowie, a ser lançado no ano seguinte.
               
Passada a capa e impressões diversas, entramos nas engrenagens do trabalho peculiar que efetuou em um mês de gravação no Trident and Advision Studio, em Londres. Á primeira vista, o álbum revela um clima pesado em todo seu enredo, realmente parecendo justificar o ter das letras, que abordam insanidade (All The Madmen) ou mesmo relacionado à violência e beligerância como a faixa "Running Gun Blues". É bom frisar que mesmo tendo no seu alvo esse tipo de linguagem tanto escrita quanto sonora, o álbum difere-se de seus lançamentos contemporâneos, como Black Sabbath, da banda homônima. O álbum parece mais aproximar-se em alguns momentos do folk, mas sempre desaguando em algo como um hard rock, com larga escala de guitarras distorcidas e solos durante as músicas junto às linhas de baixo com pique de rockabilly e baterias pesadas. O sucesso do álbum é a faixa título, regravada e erroneamente atribuída à banda de Seattle Nirvana. A poética das letras, como a faixa referida, é bem peculiar ao estilo do cantor, e é vista na faixa "Five Years" (no segundo disco pós lançamento deste) esse jeito melancólico e pesado de escrita. Enquanto "After All" cadência, colocando algo até de psicodélico nos versos falados, "The Superman" consegue surpreender até o ouvinte mais calejado, sua impressão, pelos coros ascendentes, é que estamos ouvindo uma música circular. Isso basicamente resume o artista, essa multifaces com qualidade.

Conforme muitos críticos colocam, e faço coro, “é nessa obra que o jogo começa", isso quer dizer, o Bowie que veríamos nos anos seguintes teve seu início nesse oportuno trabalho, que produzindo tudo de parecido e diferente das cenas de Birmingham e Canterbury, inovou e apadrinhou gerações, desde The Cure, com seu irreverente líder, até a recente banda Placebo. Começar com esse disco é começar bem na carreira do camaleão, por ser um álbum de difícil audição e com temas bastante subjetivos, e é uma boa verdade, o álbum atingiu, em 1972, a vigésima sexta colocação nos UK Charts e no Bilboard 200, de 1973 (quando o disco ainda era comercializado), fechou na centésima quinta colocação. O que se conclui disso é que o álbum, por ser obscuro até, não instigava ainda a completa atenção do grande público, fazendo dele, em vendagens, apenas mais um bom e diferente álbum."

(http://sayagoealmeida.blogspot.com.br/2011/06/david-bowie-man-who-sold-world-1970.html)

Disco e capa em excelente estado.
Edição Brasileira de 1990 - com 4 faixas bônus (normalmente presentes somente nas reedições em cd)
Saindo por R$ 70,00