"Quando a namorada de David Crosby, Christine Hinton, morreu num acidente de carro, em 1969, o cantor ficou arrasado. Ele mal conseguiu gravar Déjà Vu com Stills, Nash e Young, e procurou uma válvula de escape ao trabalhar em seu álbum solo de estreia. Crosby reuniu músicos de seu extenso círculo de amigos, como Jerry Garcia, Joni Mitchell e Grace Slick, para fazer o disco num estúdio de São Francisco, em 1970.
A primeira faixa do disco, "Music is Love" (com participação de Nash e Young), evolui despreocupadamente, como se fosse um improviso, fazendo da frase do título um mantra. Em "Cowboy Movie", num crescendo, até virar uma disputa entre os gemidos das guitarras e a batida descontraída da bateria.
"Laughing" é uma obra-prima: violões deslumbrantes, uma melancólica pedal steel e harmonias luminosas. A delicada "Traction in the Rain" é outro destaque com a voz de Crosby límpida, sob perfeito domínio.
Mas o que diferencia o álbum de outros da Costa Oeste é a escuridão em seu âmago. A inquietante "Song with no Words (Tree With No Leaves)" traz um scat sem palavras e acordes menores alternados.
"Orleans" é repleta de melancolia e se arrasta por uma melodia ditada pela guitarra de 12 cordas. Há ainda a sinistra "I´d Swear There Was Somebody Here" , cantada a capela com uma perturbadora harmonia elaborada por Crosby.
O álbum chegou à 12ª posição nas paradas da Europa e também dos EUA, onde ganhou um disco de ouro - mas não é isso que importa, e sim o fato de que é composto por uma série de canções únicas, que provocam emoções únicas."
(resenha extraída do livro "1001 Discos para Ouvir Antes de Morrer")
Disco (com alguns estalidos esparsos - sem riscos) em ótimo estado. Capa em ótimo estado (adesivo na capa - vide foto).
Edição Brasileira 1979.
Saindo por R$ 45